Com uma vitória emocionante sobre o Middlesbrough o Hull City coloca a cabeça acima da linha de água, pela primeira vez desde outubro. Marco Silva continua imbatível em casa e desde que o português chegou à Premier League só Chelsea, Tottenham e Everton pontuaram mais do que os Tigers. Com Sunderland e Boro cada vez mais perto da condenação, a luta pela manutenção vai ser renhida até ao final, entre Hull, Swansea e Palace, embora o West Ham ainda não esteja livre.

Inglaterra rendida a Marco Silva

Hull_Marco_Silva

Marco Silva passou de ilustre desconhecido a sensação.

Eu sei que houve um Chelsea vs Manchester City nesta jornada e o topo da tabela continua emocionante. Mas há que reconhecer a luta que se vive no fundo da classificação e sobretudo, destacar o momento do Hull City. Se o campeonato tivesse começado quando Marcos Silva substituiu Mike Phelan, os Tigers seriam quartos classificados. De facto, de sete de janeiro para cá só Chelsea, Tottenham e Everton somaram mais pontos que o Hull City. E convém lembrar que o calendário das primeiras semanas era do mais complicado que se podia conceber.

Se havia desconfiança relativamente à contratação do jovem treinador português, que para os ingleses era um ilustre desconhecido, hoje essas dúvidas estão todas dissipadas e a fazer fé nos media não faltam equipas de dimensão superior interessadas nos seus serviços.

Quando Silva chegou recebeu uma equipa na última posição da Premier League, com dezassete pontos somados em vinte jornadas. Herdou ainda um plantel delapidado por lesões, a maioria de média e longa duração, que se mantém. Recebeu meia-dúzia de reforços em janeiro, todos por empréstimo, mas as baixas continuaram a acontecer. Marcos Silva nunca se agarrou a desculpas e em poucas sessões de treino resolveu a sangria defensiva do Hull. No que respeita à Liga Inglesa, não voltou a perder um jogo no KCom Stadium (5V/ 1E), e tem sido essa a sua pedra de toque e aquela alavanca que pode salvar os Tigers de um regresso imediato ao Championship. Na quarta-feira o Hull veio de trás para vencer o Boro (4-2), depois de se apanhar em desvantagem ao fim de cinco minutos. O técnico português manifestou a sua enorme satisfação com o resultado mas também com a melhor exibição que viu a equipa produzir desde que está em Inglaterra. Markovic anulou a desvantagem e a formação recolheu aos balneários, ao intervalo, já a vencer por 3-2. Harry Maguire marcou o único tento do segundo período, fechando a contagem final.

Hull acima da linha de água

A equipa soube reagir em força a uma desvantagem precoce para somar três preciosos pontos.

A equipa soube reagir em força a uma desvantagem precoce para somar três preciosos pontos.

Pela primeira vez desde outubro, o Hull City está cima da zona de despromoção. É décimo sexto, com trinta pontos, dez de vantagem para Sunderland e sete em relação ao Middlesbrough, que estão cada vez mais encostados às cordas, embora seja preciso realçar que têm ambos uma partida em atraso. Os Tigers trocam de posição com os Swans, agora na zona vermelha, com vinte e oito pontos. A luta será renhida e até à última jornada. Hull, Swansea e Crystal Palace (trinta e um pontos em trinta jogos) são os mais fortes candidatos a lutar para evitar preencher a última vaga entre os despromovidos. Ainda que o West Ham, com trinta e três (31J) se esteja a colocar a jeito para um desgosto.

Boas Apostas!