Já só restam oito equipas em prova na Taça da Liga Inglesa e o Tottenham não e uma delas. A equipa de Pochettino esteve a vencer por 2-0 ao intervalo mas adormeceu e permitiu que o West Ham desse a volta ao resultado num quarto de hora. Bilic ganha o seu balão de oxigénio e quer que a exibição de quarta-feira se torne a referência daqui para a frente.
Balão de oxigénio para Bilic
Um confronto entre Spurs e Hammers costuma ser renhido e imprevisível mas desta feita não se esperava muito do dérbi. As duas equipas estavam em momentos muito distintos – o Tottenham em rotação altíssima e o West Ham em sérias dificuldades – e poucos acreditariam que se assistisse a outra coisa que não a consagração dos homens da casa. E os primeiros quarenta e cinco minutos da partida pareciam seguir esse guião. Sem se aplicarem muito, os Spurs recolheram ao balneário com dois golos de vantagem, contribuições de Moussa Sissoko e Dele Alli. Mas tornou-se evidente que os Hammers se tinham transformado no intervalo. A formação visitante viu o seu esforço recompensado com o primeiro golo de André Ayew e ganhou nova vida. Cinco minutos depois o avançado ganês fazia o segundo e as ondas de choque fizeram-se sentir dos dois lados. O Tottenham ficou abalado e o West Ham acreditava que podia ir ainda mais longe. Com o tento de Angelo Ogbonna, aos setenta, a equipa visitante dava a volta ao marcador, marcando três golos no espaço de quinze minutos.
Mauricio Pochettino considerou inaceitável a segunda parte da sua equipa e avisou que terá que mostrar maior maturidade daqui em diante. Mas também contextualizou: depois dos jogos com Real Madrid e Liverpool é complicado manter os níveis de concentração numa joga da Taça, que parecia estar resolvido. E houve ainda a necessidade de rodar vários jogadores. Importante mesmo é aprender com o erro e recuperar rapidamente a melhor versão de que os Spurs são capazes, já para sábado, na visita a Old Trafford.
Slaven Bilic ganhou o seu balão de oxigénio. O treinador croata está vai não vai no cargo, com apenas oito pontos somados nas primeiras nove jornadas da Premier League. Ele sabe que para evitar o mesmo destino que teve Koeman vai ter que apresentar resultados rapidamente. Vencer em casa de um dos rivais de Londres, alivia bastante a pressão mas não basta. Por isso o técnico se apressou a dizer que a exibição da Taça EFL tem que passar a ser a referência para os Hammers, daqui em diante. A qualidade de Ayew e os golos fazem dele o homem do jogo mas o capitão Mark Noble foi a figura que despoletou a reação.
Arsenal e City apuram-se em tempo-extra
O Arsenal só conseguiu passar pelo Norwich City (2-1, a.p.) no prolongamento, salvo por um avançado de dezoito anos que saltou do banco a cinco minutos dos noventa. Eddie Nketiah marcou os dois golos dos Gunners à formação do Championship que teve Ivo Pinto e Nélson Oliveira como titulares.
O Manchester City teve ainda mais dificuldades para se manter em prova. O líder da Premier League dominou a partida e a posse de bola mas Nuno Espírito Santo conseguiu contrariar a habitual eficácia ofensiva dos Cityzens. Pep Guardiola insurgiu-se contra a bola do jogo, a marca que se utiliza no Championship e que segundo o treinador catalão é demasiado leve, o que a torna particularmente difícil de controlar. Certo é que em cento e vinte minutos não houve golos e na marcação das grandes penalidade Claudio Bravo foi o diferencial, defendendo os remates de N’Diaye e Coady.
Boas Apostas!