Guiné-Bissau – Quénia (Taça das Nações Africanas 2017)
Esta ronda dupla é quase uma eliminatória a duas mãos para Guiné-Bissau e Quénia. As duas seleções africanas estão no fundo do grupo E de qualificação para a Taça das Nações Africanas do próximo ano, cada uma com o seu ponto, e claramente precisam de vencer para continuar na luta pelo apuramento. No domingo de Páscoa voltam a defrontar-se, desta feita no Quénia. A equipa até ver orientada por Paulo Torres não venceu um único encontro em 2015 mas os quenianos também não se ficam a rir. Estão há três partidas sem vencer.
A seleção de futebol da Guiné-Bissau não vai contar com o ainda selecionador português no banco para esta dupla ronda frente aos quenianos. Paulo Torres está a sob alçada disciplinar da Federação, que o castigou com quatro jogos de suspensão, depois de supostamente se ter dirigido ao árbitro em termos pouco condizentes, em junho, quando a Guiné-Bissau defrontou a Zâmbia. Houve até quem, dentro da estrutura federativa, quisesse romper logo ali o vínculo ao português mas como o contrato é com o Governo e não com a Federação ficou o dito pelo não-dito.
O que é certo é que a equipa nacional não vence um jogo há quase dois anos. Em 2015 somou três derrotas e três empates, tendo sido afastada da qualificação africana para o Mundial de 2018 logo na primeira eliminatória. Garantiu uma igualdade (1-1) na Libéria mas perdeu depois o jogo em Bissau (1-3). No que respeita ao grupo E de apuramento para a CAN 2017 as coisas também não estão nada famosas. São os últimos classificados, em igualdade pontual com o Quénia mas com pior registo na diferença de golos (dois marcados para ambas as seleções, mas com a Guiné-Bissau a sofrer mais um). Até agora os guineenses conseguiram um empate a zeros na Zâmbia – o tal jogo em que Torres se excedeu – e uma derrota em casa, frente ao Congo (2-4).
Onze Provável: Jonas Mendes – Édson, Sambinha, Eridson, Candé, Bocundji Ca, Cassamá, Zezinho, Sami, Ivanildo, Amido Baldé.
A seleção queniana tem a noção muito clara. Estes dois jogos frente à Guiné-Bissau são, nas palavras de Scolari, de mata-mata. Com Congo e Zâmbia destacados no topo da tabela, cada qual com quatro pontos, o Quénia tem mesmo que vencer estes jogos para recuperar o atraso e se manter na luta. Até agora a equipa de Stanley Okumbi conta um empate (1-1) com os congoleses, e uma derrota, em casa, com os zambianos (1-3). Como se não bastasse, o Quénia não conseguiu vencer nenhum dos últimos três jogos. A participação na Taça CECAFA 2015 saldou-se por uma saída nos quartos de final, perdendo na marcação de grandes penalidades com o Ruanda (0-0, 5-3).
Em termos objetivos, a seleção queniana tem bons recursos humanos, leia-se jogadores. E isso é evidente quando cerca de metade joga pelos campeonatos sueco, norueguês, belga, grego, sul-africano ou mesmo zambiano. Já para não falar na estrela da equipa, Victor Wanyama, que alinha no Southampton. Enquanto a Guiné-Bissau fez cinco partidas em 2015, o Quénia cumpriu quinze, entre jogos oficiais e amigáveis.
Onze Provável: Arnold Origi – Olum, Onyango, Owiro, Odhiambo, Wanyama, Johanna Omolo, Masika, Oliech, Ooko, Olunga.
Quénia
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2-1 | Grp.J |
CAN 2012 (Q)
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Guiné-Bissau
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1-0 |
Quénia
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Grp.J | CAN 2012 (Q) |
As duas equipas só se defrontaram por duas vezes antes. Foi no apuramento para a CAN de 2012 e cada qual venceu o seu jogo caseiro. Ambos os embates foram ganhos pela margem mínima.