Guiné-Bissau – Burkina Faso (Taça das Nações Africanas)
Jogo de tudo ou nada para os Djurtus, depois de terem desperdiçado uma vantagem frente aos Camarões e acabarem derrotados no jogo da segunda jornada. Para o Burkina Faso, com dois empates em outros tantos jogos, o problema são as lesões, com dois jogadores a abandonarem a equipa devido a impossibilidade física. Estando na jornada final da fase de grupos, fazem-se contas à vida. Os Camarões têm 4 pontos e partem com vantagem frente ao Gabão, que joga em casa e tem que ganhar. Isso abre as portas para o apuramento do Burkina Faso, caso consigam a vitória. Já para a Guiné-Bissau, será fundamental vencer e esperar que o Gabão não vença o seu encontro. Um jogo de emoções para ser vivido e jogado com os ouvidos no rádio.
A Guiné-Bissau tocou o céu quando Piqueti se lançou em corrida perto da sua área e ultrapassando defensores dos Camarões, fitando dentro da área e encontrando espaço para rematar, fuzilou as redes contrárias para marcar o golo do Torneio, até agora. A ver-se a vencer frente a um histórico como os Camarões, a Guiné-Bissau desceu as suas linhas e foi esperando para tentar encontrar oportunidades para o contra-ataque, aumentando assim a sua vantagem e acentuando a surpresa na presente CAN. No entanto, o adversário foi espremendo a resistência defensiva dos guineenses, que acabaram por ter uma única grande oportunidade para fazer o 2-0, quando Frédéric Mendy surpreendeu um defensor rival e atirou por cima do guarda-redes Ondoa. O golo foi salvo em cima da linha e aí ter-se-á quebrado a capacidade de resistência dos Djurtus, que acabaram por cometer alguns erros defensivos e permitiram que os Camarões dessem a volta ao resultado. Agora, resta dar tudo para vencer. A Guiné-Bissau não tem a mesma responsabilidade que os outros conjuntos do seu grupo, acreditando que poderá voltar a pontuar. Para passar, será preciso vencer. Um objetivo que não estará fora do alcance dos estreantes Djurtus.
Onze Provável: Jonas Mendes – Tomás Dabo, Rudinilson, Juary, Mamadu Candé – Zezinho, Ca, Francisco Júnior – Toni Silva, Abel Camará, Piqueti.
Dois jogos, dois empates, o Burkina Faso a cumprir com os seus objetivos, sempre mostrando-se uma equipa algo conservadora, acreditando que depois de não perder com as duas equipas mais cotadas do Grupo A, pode defrontar o adversário mais acessível para garantir a vitória necessária. Ainda assim, as contas poderão não vir a ser tão fáceis para a seleção orientada por Paulo Duarte, que perdeu dois dos seus jogadores que ajudavam a fazer a diferente, Pitroipa e Zongo, estando agora bastante mais limitado nas suas opções. O Burkina Faso nem sempre consegue demonstrar a sua valia na Taça das Nações Africanas, apesar da final disputada em 2013, sentindo-se no ar alguma apreensão perante a forma como a Guiné-Bissau tem jogado nesta prova. É verdade que o plano inicial passaria por ter esta vitória como “quase” garantida, mas a realidade dos guineenses poderá vir a ferir as aspirações dos burquineses.
Onze Provável: Koffi – Malo, Dayo, B. Koné, Coulibaly – Kaboré, Razak Traoré – Nakoulma, Bertrand Traoré, Alain Traoré – Diawara.
As duas seleções nunca se defrontaram num encontro oficial.
O favoritismo do Burkina Faso acaba afetado pelas lesões que se registaram no grupo de Paulo Duarte. Ainda assim, está do lado dos burquineses a maior qualidade técnica dos seus jogadores e uma melhor organização. Caberá à Guiné bater o pé e voltar a pontuar. Vencer, é voltar a tocar o sonho, voltar a tocar o céu.