A Tunísia volta a pisar os grandes palcos dos Campeonatos do Mundo após um jejum de 12 anos na prova, tendo chegado invicta ao fim da fase de qualificação. Os tunisianos marcaram presença em quatro edições do Campeonato do Mundo, mas em nenhuma das quatro foram além da fase de grupos. Ainda assim, após uma boa prestação na fase de apuramento, a Tunísia tem esperança de conseguir alcançar as eliminatórias, ainda que não esteja num grupo nada fácil.
Invicta no apuramento
A fase de apuramento ao Mundial 2018 para as selecções africanas divide-se em três partes, 1ª e 2ª eliminatórias, e depois a fase de grupos, onde se qualificam o 1º classificado de cada um dos 5 grupos. A Tunísia entrou directamente para a 2ª eliminatória, onde teve como adversário a Mauritânia, vencendo ambas mãos da eliminatória por 2-1. Uma vez na fase final da qualificação ao Mundial 2018, os tunisianos fizeram parte do Grupo A, juntamente com a República Democrática do Congo, Líbia e Guiné, terminando esta etapa como líderes de grupo com 14 pontos (4 vitórias e 2 empates), ficando assim 1 ponto acima do Congo. Além disto, com 11 golos marcados e 4 golos sofridos nos 6 jogos da fase de grupos, os tunisianos foram o 2º melhor ataque da fase final de apuramento, e a 3ª melhor defesa.
Nabil Maaloul
Nabil Maaloul é o seleccionador da Tunísia, um técnico que fez parte dos comandos técnicos da selecção quando esta venceu a Taça das Nações Africanas em 2004, como treinador adjunto. No palmarés deste treinador constam dois campeonatos da Tunísia, uma Taça da Tunísia e uma Liga dos Campeões Africana, todos aos comandos do Espérance de Tunis, e uma Taça do Catar aos comandos do El Jaish. O técnico tunisiano assumiu, pela 2ª vez, os comandos da selecção tunisiana a 27 de Abril de 2017 e desde então conta com 9 jogos disputados, vencendo 5 e empatando os restantes 4.
Esperança em Whabi Khazri
Whabi Khazri realizou uma temporada bastante positiva ao serviço do Rennes, por empréstimo do Sunderland, e irá liderar o ataque tunisiano. Khazari tanto joga no flanco esquerdo como adopta uma posição mais central na frente de ataque, apesar de ser pouco eficaz no jogo aéreo, é um jogador com boa qualidade técnica e que gosta de ter a bola no pé, e para além de rápido, forte no um-para-um e de boa capacidade de finalização, o avançado tunisiano possui uma boa visão de jogo e apresenta eficácia na parte da finalização. Esta temporada, o jogador apontou 11 golos em 29 jogos. Uma enorme ausência da selecção tunisiana é Youssef Msakni, considerado o coração da selecção do seu país, e falhará o Mundial 2018 devido a uma lesão no joelho.
Expectativas
A Tunísia alinha no Grupo G, juntamente com Inglaterra, Bélgica e Panamá, um grupo que, tendo em conta a qualidade dos jogadores belgas e ingleses, retira qualquer favoritismo à Tunísia em seguir em frente. Além disto, as “águias de Cartago” nunca foram felizes nesta competição, participaram no Mundial de 1978, 1998, 2002 e 2006, e para além de nunca terem ido além da fase de grupos, contam apenas com uma vitória nos 12 jogos que disputaram, com esta vitória solitária a ser no Mundial de 1978. É um facto que a Tunísia apresenta alguns jogadores de qualidade, mas tem pela frente duas das melhores selecções da actualidade, fazendo com que as expectativas não sejam muito altas.
Boas Apostas!