E depois de Zlatan? A seleção da Suécia vai disputar a primeira fase final de uma grande competição desde o abandono de Zlatan Ibrahimovic, “jóia da coroa” da equipa nórdica nos últimos anos. Os suecos não vão ter facilidades num grupo em que também estão as congéneres de Alemanha, México e Coreia do Sul, mas a solidez exibida do ponto de vista tático no play-off com a seleção italiana permite augurar algo de positivo para esta equipa.
Qualificação para a história
O mérito da seleção sueca na fase de qualificação para o Mundial 2018 é inquestionável. A equipa do norte da Europa terminou a fase de grupos na segunda posição com 19 pontos conquistados em dez jogos, isto num grupo que partilhou com França, Holanda, Bulgária, Luxemburgo e Bielorrússia, impondo-se inclusive à vice-campeã da Europa num dos desafios disputados.
A partir do momento em que garantiu o acesso ao play-off, marcou encontro a seleção italiana. A tarefa não era fácil: deixar a “squadra azurra” fora de um campeonato do mundo, algo que não acontecia há 60 anos.
Em Estocolmo, um golo de Jakob Johansson fez a diferença, mas não se adivinhavam facilidades na visita a San Siro. A competência do ponto de vista defensivo manteve-se na segunda mão e o nulo em Milão permitiu à Suécia consumar a surpresa e assegurar o apuramento para a fase de grupos do campeonato do mundo. Sem a magia de Zlatan, a equipa sueca refugiou-se na competência em termos táticos para alcançar o sucesso e o resultado está à vista de todos.
Lindelof e Forsberg
Se olharmos para a lista de convocados da Suécia, são poucos os jogadores que atuam equipas de primeira linha europeia ou, se quisermos, “emblemas de Champions”. As excepções são Victor Lindelof (Manchester United) e Emil Forsberg (RB Leizpig), principais destaques em termos individuais da seleção nórdica. Viktor Claesson, médio de 24 anos do FK Krasnodar, poderá ser uma das revelações nesta fase final do Mundial 2018.
Não obstante, esta seleção sueca vale sobretudo por aquilo que é em termos coletivos e pela competência que denota em termos táticos.
Às ordens de Andersson
O pós-Euro 2016 não representou apenas o fim da era Zlatan Ibrahimovic, dado o seleccionador Erik Hamren também abandonou o cargo para ceder o posto a Janner Andersson, jogador que soube potenciar o seu arsenal com as armas à disposição. O maior mérito de Andersson é esse mesmo: a capacidade de adequar a estratégia às caraterísticas da sua equipa, habitualmente escalonada em 1x4x4x2.
Expectativas
A seleção sueca superou as expectativas ao chegar à fase final deste Mundial 2018, por ter debelado um grupo onde também estavam França e Holanda, por exemplo, mas sobretudo por ter eliminado a Itália no derradeiro play-off, deixando de fora uma das principais forças do “velho continente”.
A sorte não beneficiou a equipa nórdica e custa a crer que conseguirá ultrapassar a fase de grupos,mas a três jogos, tudo pode acontecer. A seleção alemã parece ser a única que não está ao alcance dos suecos e ainda para mais o confronto dar-se-á logo no segundo jogo, altura em que os germânicos ainda estarão certamente “obrigados” a vencer.
Boas Apostas!