A Rússia está na fase de grupos do Mundial 2018 por ser o País anfitrião da prova, e espera conseguir realizar uma campanha melhor que aquela realizada na fase de grupos do Euro 2016. As prestações dos russos durante os jogos de preparação para o Mundial foram negativas, e o facto de se ter apurado automaticamente para a competição não ajuda a equipa a melhorar o seu futebol.

Caminho sem obstáculos

Como anfitriã da prova, a Rússia não teve de entrar na fase de apuramento à competição, algo que acabou por não a favorecer. A Rússia foi disputando encontros de cariz amigável com algumas selecções como modo de preparação para a prova, e ficou claro que esta é uma selecção ainda à procura de se descobrir, continuando a demonstrar algumas dificuldades que demonstrou no Europeu, e esta qualificação directa não veio ajudar a melhorar o seu futebol. A equipa vem de cinco jogos consecutivos sem vencer, empatando com o Irão e Espanha, e perdendo para a Argentina, França e Brasil.

A seguir com atenção

Com apenas 21 anos, Golovin tem sido associado a algumas equipas da Premier League.

Com apenas 21 anos, Golovin tem sido associado a algumas equipas da Premier League.

O jogador em destaque desta selecção é capitão de 32 anos, Igor Akinfeev. O guarda-redes do grupo Lev Yashin Club, uma lista composta por guarda-redes soviéticos e russos que atingiram, ou ultrapassaram, a marca de 100 jogos sem sofrer golos, e é Akinfeev quem lidera a lista, com 245 “clean sheets”, 154 delas no campeonato russo ao serviço do CSKA Mocovo, e 44 ao serviço da selecção nacional. Para além de experiente e de bom sentido posicional, Akinfeev é um guarda-redes com bons reflexos e muito bom a sair-se dos postes. Outro jogador que é importante destacar é o jovem Aleksandr Golovin, de 21 anos, que já deu nas vistas durante o Euro 2016, e tem sido cada vez mais ligado a uma transferência para a Premier League durante este verão. Um médio versátil, talentoso, trabalhador, com boa visão de jogo e muito forte no um-para-um. Golovin pode também actuar nos dois corredores, ou até mesmo na posição de ponta de lança, ainda que onde dê mais nas vistas seja no meio-campo.

Stanislav Cherchesov

O técnico russo tem trabalhado, sobretudo, a organização defensiva.

O técnico russo tem trabalhado, sobretudo, a organização defensiva.

Após experiências falhadas com Guus Hiddink e Fabio Capello, Stanislav Cherchesov assumiu a responsabilidade de comandar a equipa desde o final do Euro 2016. O antigo guarda-redes mudou muitas coisas, especialmente no sector defensivo, onde trouxe Viktor Vasin (CSKA), Fedor Kudryashov (Rubin Kazan) e Georgi Dzhikiya (Spartak Moscovo) para substituírem Ignashevich e Berezutski, ainda que Dzhikiya e Vasin irão falhar o Mundial por lesão. Além disto, o russo passou a compor a linha defensiva com apenas 3 homens em vezes dos habituais 4. A exclusão de Igor Denisov, um dos melhores médios defensivos da selecção, foi outro ponto que deu muito falatório com a chegada deste treinador, uma vez que ambos não se entendem após um desentendimento em 2015, quando o jogador actuava aos comandos do treinador no Dinamo Moscovo.

Expectativas

Desde que alcançou as meias-finais do Euro 2008 que a Rússia está em forma descendente, não tendo avançado da fase de grupos em nenhum Mundial ou Europeu que disputou desde então. Destas 32 selecções presentes na prova, a Rússia entra aqui como a equipa menos bem classificada no Ranking da FIFA, mas isso não impede a ambição do seleccionador em chegar aos quartos de final, como este já referiu. Contudo, tem havido notícias sobre desentendimentos entre jogadores e treinador, e fica em dúvida o quão bem se irá sair esta Rússia na Fase de Grupos. Num agrupamento com Uruguai, Arábia Saudita e Egipto, são os uruguaios a levar o estatuto de selecção mais completa, cabendo aos russos terem que saber lidar com um Egipto com Mohamed Salah, e uma Arábia Saudita.

Boas Apostas!