Responsabilidade acrescida. A seleção portuguesa chega a solo russo enquanto campeã da Europa, estatuto que aumenta a exigência da crítica em relação às cores nacionais. Crónica candidata a chegar longe na prova, a armada “lusa” quer limpar a imagem deixada há quatro anos, no Brasil. E que tal um regresso a 16 de julho?
Sem recurso à calculadora
A seleção portuguesa ainda “apanhava as canas” da grande festa quando escorregou em solo suíço, sucumbindo por duas bolas a zero em Basileia, no primeiro jogo da fase de qualificação para o Mundial 2018. Seguiram-se nove vitórias consecutivas, sequência de jogos em que a equipa portuguesa só não venceu por uma margem de dois ou mais golos de diferença por uma vez.
O grande momento da fase de qualificação teria o estádio da Luz como pano de fundo. Na derradeira jornada de qualificação, a seleção nacional conquistou a vitória que precisava por duas bolas a zero, anulou a desvantagem no confronto direto com a Suíça (seleção que tinha vencido todos os jogos) e levou a melhor graças à vantagem no capítulo do “goal average”.
A estrela
Cinco bolas de ouro e inúmeros títulos tanto individuais como coletivos. Escusado será dizer que Cristiano Ronaldo é o “porta estandarte” de uma seleção portuguesa que não contará com os serviços de Éder, herói da final do Euro 2016 que foi preterido por Fernando Santos.
Escusado será discernir em relação à importância que Cristiano Ronaldo poderá vir a ter neste percurso da seleção nacional em solo russo. No que a novidades na convocatória diz respeito, destaque para duas novidades na defesa e outro no meio-campo. Rúben Dias e Mário Rui constam entre as opções para um setor defensivo em que a principal ausência é a de Nélson Semedo, enquanto no meio, Manuel Fernandes, campeão russo com o Lokomotiv, é a principal novidade.
Percurso do treinador
“Já avisei a minha família de que só volto no dia 11 de julho”. A frase fica na história do futebol português e marca a carreira de Fernando Santos, o “engenheiro do penta” que guiou a seleção nacional ao primeiro título da história. O Mundial 2018 é o desafio que se segue e fazer melhor que no Brasil, em 2014, não será difícil.
Neste momento, Fernando Santos goza de total confiança tanto por parte dos responsáveis da Federação como dos mais de dez milhões de portugueses. A principal tarefa do seleccionador passará por gerir as expectativas, algo que tem conseguido fazer, adotando um discurso cauteloso à medida que a data da partida para a Rússia se aproxima.
Expectativas
A ânsia relativa à participação portuguesa na fase final do Mundial 2018 está no topo. Portugal goza de (mais) uma geração muito talentosa e, mais do que isso, titulada. Colocar Portugal entre os principais favoritos poderá ser algo desajustado em relação à realidade, mas a formação “lusa” surge imediatamente a seguir, numa segunda linha. Passar a fase de grupos é quase que uma obrigatoriedade para uma seleção nacional que, em condições normais, discutirá o primeiro posto do respetivo grupo com a Espanha.
Boas Apostas!