A seleção espanhola desiludiu tanto no Brasil (2014) como em França (2016), mas chega à Rússia com o estatuto de sempre, ou não falássemos de uma candidata crónica a chegar longe em fases finais de grandes torneios. “La Roja” integra o grupo de Portugal e é naturalmente favorita a seguir em frente juntamente com a equipa campeã da Europa.
Só a Alemanha fez melhor que a Espanha
A Espanha trilhou um percurso à sua imagem na fase de qualificação para o Mundial 2018. 28 pontos conquistados em 30 possíveis, resultado de nove vitórias e um empate. A seleção do país vizinho conseguiu vingar a eliminação frente à Itália no Euro 2016: venceu o grupo com cinco pontos de avanço em relação à adversária transalpina e, após um empate entre Turim (1-1), venceu em Espanha de forma clara, por três bolas a zero. Quem diria que a “Squadra Azzurra”, obrigada a disputar o play-off, ficaria fora da prova…
A Alemanha (30/30) foi a única seleção capaz de fazer melhor que a Espanha na etapa de qualificação. Apesar da humildades dos restantes adversários – Albânia, Israel, Macedónia e Liechtenstein -, a equipa espanhola marcou 36 golos e encaixou apenas três.
A estrela
A seleção espanhola é uma autêntica constelação e os convocados de Julen Lopetegui dispensam apresentações. Da baliza ocupada por David De Gea à frente de ataque com Diego Costa, são vários os nomes de jogadores consagrados.
Não obstante, pelas boas prestações que acumularam na última época e pela influência que poderão vir a exercer, Isco e David Silva merecem-nos particular destaque. Os dois jogadores têm tudo para devolver a seleção ao sucesso, coadjuvados por uma lista de companheiros de setor de luxo.
Olhando para o onze que defrontou a seleção italiana no Euro 2016, verificamos que vários nomes poderão constar na equipa que vai iniciar a participação neste Mundial 2018. Ainda assim, Julen Lopetegui conta com algumas novidades entre os convocados que oferecem novos recursos à equipa – Saúl Ñiguez e Asensio são dois bons exemplos disso mesmo. O jogo de posse como forma de domínio continua bem patente na estratégia de uma seleção que se viu obrigada a alterar algumas dinâmicas do seu “modus operandi” para recuperar após uma fase de alegado esgotamento.
Percurso do treinador
Sobejamente conhecido em Portugal em virtude da sua passagem pelo Porto, Julen Lopetegui prepara-se para participar no primeiro grande torneio ao serviço da seleção espanhola. O técnico basco conta com três títulos no seu palmarés, todos alcançados ao serviço das seleções jovens de Espanha: duas edições do Europeu sub-19 e outra do Euro sub-21.
A seleção espanhola tem dado sinais positivos e voltou a ser uma equipa dominadora, restando saber de que forma responderá no primeiro teste “a sério”. Os responsáveis da Federação espanhola parecem estar satisfeitos com o trabalho levado a cabo por Julen Lopetegui e deram um voto de confiança ao treinador ao renovarem o seu vínculo de trabalho até 2020.
Expectativas
O histórico e o potencial (tanto individual como coletivo) desta seleção espanhola colocam-na entre as principais forças a concurso neste Mundial 2018. As prestações menos boas nas duas últimas fases finais de grandes competições não mexem com o estatuto de “La Roja”.
Para começar, na fase de grupos, os comandados de Julen Lopetegui são favoritos a seguir em frente e falhar o acesso, à imagem do que aconteceu no Brasil, seria uma grande desilusão.
Boas Apostas!