A participação neste Mundial 2018 poderá constituir a última oportunidade para uma das melhores gerações da história do futebol croata na fase final de um grande torneio.

Foto: "Getty"

Foto: “Getty”

Com jogadores como Luka Modric, Ivan Perisic, Ivan Rakitic ou Mario Mandzukic na “casa dos 30”, a seleção croata deverá passar por um necessário período de renovação a breve prazo. À semelhança do que tem acontecido nos últimos anos, a Federação croata continua a passar por um período de grande instabilidade. Dentro de campo, o potencial desta seleção tanto do ponto de vista coletivo como individual não pode ser subvalorizado, sendo que entrará em cena com legítimas aspirações a assegurar o acesso à fase seguinte num grupo que se adivinha muito equilibrado.

Apontada pela crítica como a melhor geração dos “Vatreni” desde o Mundial 1998, prova em que a Croácia alcançou a medalha de bronze, falta a esta seleção demonstra-lo numa fase final.

Reencontro com a Islândia

O sorteio da fase final do Mundial 2018 ditou um reencontro entre Croácia e Islândia, adversárias na etapa de qualificação para a competição. As duas seleções bateram-se num dos grupos mais exigentes da etapa de apuramento, partilhado com seleções como a Ucrânia ou a Turquia.

No final das contas, os islandeses acabaram por vencer o grupo e uma vitória croata em solo ucraniano, na última jornada, permitiu à equipa agora comandada por Zlatko Dalic assegurar o acesso ao play-off, etapa em que viria a confirmar o favoritismo que ostentava à entrada para o duplo embate com a Grécia.

Guiados por Modric

Por muito talento individual que a seleção croata reúna, é a magia de Luka Modric que alavanca o bom futebol da nação que veste ao xadrez vermelho e branco. Para o “mágico” do Real Madrid, esta poderá muito bem ser a última oportunidade para disputar a fase final de um campeonato do mundo, dado que em 2022 já contará 36 primaveras.

Na equipa croata há qualidade em todos os setores, desde a baliza ocupada por Subasic, passando pela defesa com os laterais Jedvak e Vrsaljko e o eixo defensivo composto por Lovren e Vida ou Corluka, seguindo para um meio-campo preenchido por fantasistas como Modric, Rakitic ou Kovacic, sem esquecer os recursos de Perisic, Brozovic, Pjaca e a letalidade de Kalinic e Mandzukic na frente de ataque. Zlatako Dalic não se pode queixar por falta de qualidade individual…

Dalic chegou, viu e venceu

Sucedeu a Ante Cacic na reta final da fase de qualificação para o Mundial 2018 e conseguiu conquistar três vitórias resultados decisivos para assegurar o apuramento ao vencer em solo ucraniano e ultrapassar a Grécia num play-off a duas mãos.

Zlatko Dalic apresenta um percurso modesto enquanto treinador, iniciado na época 2005/06 ao serviço do NK Varazdin. Antes de abraçar o projeto proposto pela Federação croata, Dalic orientou o Al Ain dos Emirados Árabes Unidos.

Expectativas

O grupo D é um dos mais interessantes deste Mundial 2018. A menos que se verifique alguma grande surpresa, o primeiro lugar deverá ficar entregue à seleção argentina, finalista vencida em 2014. Antevê-se uma disputa acérrima pelo segundo posto do grupo, discutido por Croácia, Islândia e Nigéria. A equipa croata surge um patamar acima de nórdicos e africanos.

Boas Apostas!