“Los Ticos” de olhos postos numa improvável repetição. A seleção da Costa Rica foi a grande sensação do Mundial 2014 ao alcançar os quartos-de-final, desempenho que dificilmente repetirá em solo russo.
A seleção da Costa Rica chega a este Mundial 2018 na condição de segunda principal força da zona CONCACAF, estatuto que não atemoriza a concorrência. No entanto, a prestação costarriquenha no último campeonato do mundo relativiza o peso da teoria. No Brasil, contra toda e qualquer expectativa, a equipa treinada por Jorge Luis Pinto marcou presença entre as oito melhores seleções a concurso e a determinação em voltar a surpreender.
Qualificação
Para as principais seleções da confederação, a zona de apuramento da CONCACAF é divida em duas fases de grupos. Na primeira, a Costa Rica brilhou ao vencer o grupo B com 16 pontos conquistados em 18 possíveis. No grupo final, avançou na segunda posição com os mesmos 16 pontos mas em dez jogos, deixando-se superar apenas pela congénere do México.
O principal choque da zona de qualificação da CONCACAF correspondeu à eliminação da seleção dos Estados Unidos, penúltima colocada do grupo.
Um campeão europeu na baliza
Keylor Navas é o jogador mais mediático desta equipa da Costa Rica e simultaneamente um dos afortunados pela ótima prestação no Mundial 2014. As boas prestações do guardião no Mundial do Brasil permitiram que Navas deixasse o Levante para rumar ao Real Madrid, emblema que serviu nas últimas quatro temporadas. Para quem acompanhou o percurso desta seleção em solo brasileiro, são vários os nomes que lhe deverão soar familiares: Óscar Duarte, Yeltsin Tejeda, Celso Borges, Bryan Ruiz ou Marcos Ureña são alguns dos atletas que, quatro anos depois, voltam a estar entre os eleitos para representar a Costa Rica na fase final da competição de seleções mais importante do planeta.
A herança de Jorge Luis Pinto
Óscar Ramírez sucedeu a Jorge Luis Pinto no comando técnico e na sua estratégia há resquícios do trabalho do seu antecessor, nomeadamente do ponto de vista tático. O 1x5x4x1 continua a ser o sistema privilegiado por esta seleção que está sob as ordens de Ramírez desde 2015, treinador de 53 anos que antes de chegar à equipa nacional havia treinado a Alajuelense.
Expectativas
Não se pode dizer que esta seleção da Costa Rica seja o “patinho feio” do seu grupo, mas olhando para a qualidade dos adversários que o compõem, o prognóstico não pode ser o mais otimista. Para além de ter que defrontar com o Brasil, candidato à vitória final, o conjunto costrriquenho enfrentará duas seleções europeias teoricamente superiores: Suíça e Sérvia. Ultrapassar a fase de grupos já representará um grande feito para os “Ticos”.
Boas apostas!