A Coreia do Sul tem sido presença assídua nos Campeonatos do Mundo já desde 1986, e este ano foi excepção, com os “tigres brancos” a procurarem ir, pelo menos, além da fase de grupos, algo que não aconteceu no Brasil, em 2014. O Mundial de 2002 foi a melhor prestação da história da Coreia do Sul, com esta a alcançar as meias-finais, onde foi eliminada pela Alemanha, e depois de ter realizado uma boa fase de qualificação para a edição deste ano, os asiáticos têm boas expectativas.

Apuramento sofrido

A fase de qualificação das selecções asiáticas divide-se em três etapas, 1ª pré-eliminatória, 1ª fase de grupos e 2ª fase de grupos. A Coreia do Sul entrou directamente para a 1ª fase de grupos que é composta por 8 grupos, onde se qualificam os 1º classificados e os melhores 4 2º classificados. A prestação dos “tigres brancos” nesta 1ª fase de grupos foi perfeita, venceu os 7 jogos que lhe foram impostos no Grupo G, onde faziam parte o Líbano, Kuwait, Milanmar e Laos, apontando 24 golos sem conceder nenhum em resposta, qualificando-se assim à próxima etapa, composta por apenas dois grupos, onde se qualificam os dois primeiros classificados de cada grupo, e os dois terceiros classificados disputam um play-off de acesso ao Mundial.

Foi nesta última etapa onde a Coreia do Sul enfrentou maiores dificuldades, fazendo parte do Grupo A, juntamente com o Irão, Síria, Usbequistão, China e Catar, terminado em 2º lugar com 15 pontos, apenas 2 acima da Síria e do Usbequistão, e 7 pontos abaixo do líder Irão.

Shin Tae-Yong

Apelidado por "Mourinho da Ásia", fica para ver o quão bem se sairá a turma de Shin Tae-Yong.

Apelidado por “Mourinho da Ásia”, fica para ver o quão bem se sairá a turma de Shin Tae-Yong.

Shin Tae-Yong é o treinador desta selecção da Coreia do Sul, tendo começado em 2015 como treinador dos Sub-23, e tendo assumido os comandos da selecção principal em 2017, onde conquistou o primeiro, e até agora único, título aos comandos dos “tigres brancos”, vencendo o Campeonato de Futebol do Este da Ásia. Antes de entrar para os comandos dos Sub-23, este técnico comandou o Seongnam FC, de 2008 a 2012, onde conquistou a Liga dos Campeões Asiáticos, o que lhe valeu a alcunha de “Mourinho da Ásia” por alguns. Após esta conquista, fez uma pausa de dois anos.

Duas estrelas asiáticas que actuam na Europa

Duas peças fundamentais para o sucesso da Coreia do Sul são o médio Koo Ja-Cheol, do Augsburg, e Son Heung-Min, do Tottenham. Possuidores de um talento natural superior aos seus compatriotas, e também com um ritmo de jogo superior devido à maior competitividade existente na Bundesliga e Premier League em comparação com o campeonato japonês e coreano, onde alinham grande parte dos intervenientes desta selecção. Koo Ja-Cheol, de 29 anos, é um jogador experiente que conta já com alguns anos na Bundesliga, estreando-se ao serviço do Wolfsburg em 2010, e tendo passado pelo Mainz até chegar ao Augsburg, onde fechou o seu 3º ano no clube esta temporada, e ainda tem contrato até ao próximo verão. É médio importante nesta selecção, dá uma grande contribuição defensiva à equipa e é uma ameaça em bolas-paradas.

Son Heung-Min é das peças fundamentais do ataque sul-coreano.

Son Heung-Min é das peças fundamentais do ataque sul-coreano.

Son Heung-Min é mais jovem, com apenas 25 anos, mas é já o melhor marcador dos convocados à Rússia, tendo apontando 21 golos em 65 jogos com o símbolo do seu país ao peito. Tal como o compatriota Koo Ja-Cheol, Heung-Min estreou-se na Bundesliga nos sub-17 do Hamburgo, onde passou à equipa principal em 2010, e saiu para o Bayer Leverkusen em 2013, onde esteve até 2015 até ser transferido para o Tottenham, onde está hoje e onde tem sido um jogador de grande destaque. Esta temporada o sul-coreano apontou 18 golos nos 53 jogos em todas as competições ao serviço do Tottenham. Com grande qualidade de passe, forte no um-para-um, e uma grande ameaça em contra-ataque, este é um dos jogadores-chave desta selecção.

Expectativas

A Coreia do Sul faz parte do Grupo F do Mundial 2018, juntamente com a Alemanha, México e Suécia, com quem disputa a primeira jornada deste agrupamento. Num grupo onde faz parte a actual Campeã do Mundo, que é novamente candidata a conquistar o título, e com duas selecções com jogadores muito talentosos com o México e Suécia, as qualificação aos oitavos de final parece ser um sonho irrealista para os “tigres brancos”. O historial desta selecção contra equipas europeias não tem sido favorável nos últimos anos, e as hipóteses de terem sucesso neste Grupo F são praticamente nulas.

Boas Apostas!