Quebrar a “mala racha” na Rússia. Depois de três finais perdidas de forma consecutiva que fizeram perigar a continuidade de Leo Messi na seleção, a Argentina chega a território europeu com o estatuto de vice-campeã do mundo. Jorge Sampaoli está na sua cadeira de sonho, quer continuar a demonstrar o porquê de ser um dos treinadores mais bem cotados da atualidade e conta com um “ás” que todos os seleccionadores gostariam de ter no seu baralho: Leo Messi. Escusado será dizer que esta “albiceleste” vive muito para lá do talento de “la pulga”.

Qualificação atribulada

Foto: "FIFA"

Foto: “FIFA”

Habituada a lidar com cenários de crise em fases de qualificação, a seleção argentina não teve facilidades para garantir o seu lugar neste Mundial da Rússia. A formação “albiceleste” terminou o grupo de apuramento da CONMEBOL na terceira posição com 28 pontos, somente mais dois que o Perú (5º) e que o Chile (6º).

Na hora da verdade, em dia de deslocação à altitude de Quito para medir forças com o Equador na derradeira jornada da etapa de qualificação, disputada a 11 de outubro, a seleção argentina venceu por três bolas a uma com um “hat-trick” de Leo Messi.

Neste ano civil de 2018, a Argentina já disputou três encontros amigáveis, um deles com um desfecho traumático: desaire por seis bolas a uma ante a Espanha de Julen Lopetegui, em março, numa partida em que nem as alterações na equipa serviam de desculpa para semelhante desfecho.

Messi(as)

Falar de Argentina era falar de Diego Armando Maradona. Hoje, falar de Argentina é falar de Diego Armando Maradona e Lionel Andrés Messi, dois predestinados que o mundo do futebol teve o prazer de conhecer.

Perder três finais consecutivas frustra o mais resiliente dos jogadores. Leo Messi, um vencedor por natureza, chegou a ponderar abandonar a sua seleção. Ao contrário daquilo que a música da famosa peça “Evita” solicita, a Argentina choraria a perda da sua grande referência. Na (curta) passagem de Edgardo Bauza pela Argentina, o seu maior mérito correspondeu precisamente ao facto de ter conseguido demover Messi nesse sentido.

Na introdução escrevemos que esta Argentina vai muito para além de Messi e reafirmamo-lo. Quando um seleccionador se dá ao luxo de deixar de fora um jogador como Mauro Icardi numa opção alegadamente alheia a questões pessoais, está tudo dito quanto à qualidade individual dos elementos que integram a convocatória.

Sampaoli sabe onde está e para onde vai

A seleção argentina esteve sempre bem presente no imaginário de Jorge Sampaoli. O  alegado interesse dos responsáveis do futebol das Pampas nos seus serviços chegou a colocar duvidas quanto à ida para Sevilha.  Vencedor de uma edição da Copa América com a seleção chilena, o técnico de 58 anos cumpriu mesmo uma temporada em Espanha, colocou a formação “rojiblanca” a praticar bom futebol e melhorou a sua imagem no panorama futebolístico.

Na hora do chamamento, regressou ao país de origem e agora prepara-se para orientar a sua seleção na primeira fase final de uma grande competição. Há potencial para se estabelecer uma relação duradoura, mas só a “tirania dos resultados” ditará o futuro de Sampa.

A candidatura de quem não quer sê-lo

Por muito que a Argentina se queira distanciar do estatuto de candidata à vitória final, os seus pergaminhos e a qualidade que reúne obrigam-na a constar na lista de principais forças a concurso. O grupo que integra não é fácil, dado que terá que enfrentar Islândia, Croácia e Nigéria, mas não há duvidas de que é a principal candidata a seguir em frente com estatuto de líder.

Boas Apostas!