A Mannschaft defende na Rússia o título conquistado há quatro anos no Brasil e a julgar pela qualificação imaculada parte na frente. Low surpreendeu toda a gente ao cortar Sané da convocatória final mas a verdade é que escolher vinte e três quando as opções são tantas e de tanta qualidade não é nada fácil. De há quarenta anos para cá a Alemanha nunca caiu antes dos quartos de final e seria um escândalo se acontecesse em 2018.
Qualificação sem mácula
A seleção alemã vai à Rússia defender o título conquistado há quatro anos no Brasil. A julgar pela qualificação imaculada e pela afirmação de poderia que a nova geração fez nas Confederações é mesmo a grande favorita ao título.
Die Mannschaft somou trinta pontos no apuramento, vencendo todos os duelos, e deixando a segunda classificada, a Irlanda do Norte, a doze pontos. Quatro golos sofridos ao longo de dez partidas e quarenta e três marcados. A todos os títulos impressionante. Pode-se contrapor que o grupo não era dos mais complicados mas tal não desvaloriza a forma determinada como desde o primeiro compromisso quiseram despachar a qualificação.
O selecionador recorreu a trinta e sete jogadores durante a fase de apuramento, testando as novas gerações que foram dando cartas nos escalões de formação. Vários dos miúdos que venceram a Taça das Confederações – chamados para dar umas férias merecidas aos veteranos – e o Europeu sub-21 tiveram a sua oportunidade para mostrar serviço na equipa A. E alguns ficaram.
Seleção que é equipa
Custa eleger uma figura de proa nesta seleção que é uma equipa na verdadeira acessão da palavra. A força maior da Alemanha não é Mesut Ozil, Matts Hummels, Toni Kroos ou até o jovem Timo Werner, ainda que todos eles possam muito bem vir a ser o elemento que se destaca. O trunfo aqui é o modelo: as seleções alemãs jogam segundo um modelo definido, desde os últimos escalões de formação. A introdução na equipa A corre assim de forma natural, sem necessidades de adaptação. Esta ideia não é nova, várias congéneres e alguns clubes defendem o mesmo princípio, mas uma coisa é a conceção, outra a concretização. É preciso que o talento continue a surgir e a ser moldado, o que, felizmente para os germânicos, não tem faltado.
Doze anos no cargo
Low assumiu o cargo de selecionador alemão em 2006 mas já estava a preparar o terreno há dois anos, quando aceitou o convite de Klinsmann para revolucionar a forma de jogar da Mannschaft. O título europeu continua a escapar-lhe mas o seu papel no comando da Alemanha ficará para sempre. O título no Brasil encarregar-se-á disso, assim como desenhar desta seleção que joga bem, privilegia a técnica mas mantém um sentido coletivo forte.
São já catorze anos de serviço, viu crescer de perto todos os jogadores que agora orienta. E não tem problemas em assumir decisões complicadas que, se tomadas por outros, seriam certamente exploradas. Neuer não ia à baliza há mais de oito meses, quando fez a segunda fratura no pé esquerdo. Um jogo bastou para receber o aval do selecionador que sempre afirmou que se ele estivesse apto seria titular no Mundial. Mario Gotze, o autor do golo que valeu o Campeonato do Mundo em 2014, já tinha ficado de fora da convocatória alargada. E a última, esta segunda-feira, foi riscar Leroy Sané dos vinte e três. E Low falou abertamente sobre a decisão. Era entre ele e Julian Brandt, a decisão foi renhida, mas no frigir dos ovos o jogador do Leverkusen tem conseguido maior impacto nas suas prestações pela seleção.
No fim ganha a Alemanha?
A Alemanha é detentora do título e parte para a Rússia no topo da lista de favoritos. Nem as derrotas nos últimos amigáveis, com o Brasil (0-1) e Áustria (2-1) afeta esse estatuto. Nos últimos quarenta anos a seleção alemã nunca caiu antes dos quartos de final e isso foi considerado aquém das expetativas. Menos do que isso será dececionante. Mas existe a possibilidade de uma duelo com a Canarinha imediatamente a seguir à fase de grupos – evitável se ambos vencerem os respetivos grupos – o que poderia eliminar nessa fase precoce um dos favoritos.
Boas Apostas!