Em Nápoles, a vitória da formação local na visita ao terreno da Juventus foi celebrada como se de um título se tratasse. A cidade saiu à rua para comemorar o triunfo frente à hexacampeã italiana que permitiu ficar a apenas um ponto da liderança. Uma semana depois, duro revés nas aspirações da equipa orientada por Sarri: a Juventus conquistou um triunfo épico no terreno do Inter e o Nápoles caiu em Florença. A diferença entre os dois emblemas voltou a ser de quatro pontos.
Se há jogos que valem títulos, este é um deles. 90 minutos de loucos em Milão, no Giuseppe Meazza.
A história do duelo entre Inter e Juventus começou a ser escrita logo ao minuto 13, altura em que Douglas Costa deu vantagem à Juve. Volvidos cinco minutos, Matías Vecino recebeu ordem de expulsão e, antes de estarem cumpridos os primeiros 20 minutos, o Inter já se encontrava em desvantagem e reduzido a dez unidades. O cenário era tudo menos positivo para os donos da casa no “Derby d’Italia”, mas a determinação dos homens de Spalletti viria a contrariar a tendência que se verificava.
Pouco depois do intervalo, Mauro Icardi (quem mais?) empatou o desafio e galvanizou a equipa para o que restava do encontro, até que o improvável aconteceu: a formação “nerazzurra”, reduzido a dez unidades, beneficou de uma infelicidade de Andrea Barzagli para chegar à vantagem pela primeira vez na partida, deixando o Meazza em polvorosa. Por momentos, houve quem esquecesse que os donos da casa se encontravam em inferioridade numérica há quase 50 minutos.
Contudo, a sagacidade juventina não pode ser subestimada e, a 25 minutos do fim, o encontro estava tudo menos decidido. Juan Cuadrado e Gonzalo Higuaín, num espaço de dois minutos (87′ e 89′) souberam prova-lo: marcaram os dois golos que permitiram à “Vecchia Signora” comemorar um triunfo épico, segurar a liderança e assegurar três pontos que, quem sabe, poderão vir a ser decisivos na luta pela conquista do scudetto.
Os rivais de Roma venceram os respetivos compromissos e relegaram o Inter para o quinto posto da tabela, complicando o acesso da equipa milanesa à Liga dos Campeões da próxima temporada.
Passo atrás
A felicidade dos adeptos da Juventus não se esgotaria nos 90 minutos do embate com o Inter. A tarde de domingo traria mais uma boa notícia à “Vecchia Signora”: a derrota do Nápoles na visita ao terreno da Fiorentina.
Desde cedo se percebeu que a equipa napolitana não teria tarefa fácil para vencer no Artemio Franchi: aos oito minutos Koulibaly – autor do golo em Turim – derrubou Gio Simeone, avançado que seguia isolada para a baliza, e recebeu ordem de expulsão. Reduzido a dez unidades, o Nápoles teria uma “montanha para escalar” se quisesse conquistar os três pontos. Jorginho foi “sacrificado” por Sarri e o técnico italiano lanço Tonelli, mas a equipa acusou a inferioridade numérica em demasia. A Fiorentina foi crescendo no jogo, alcançou vantagem ao minuto 34 por intermédio de Gio Simeone e o jovem avançado argentino, filho de Diego, viria a ser o tormento dos napolitanos: ampliou aos 62 e estabeleceu o 3-0 final já para lá da hora, deixando o Nápoles bem mais longe do scudetto.
A Juventus reestabeleceu a vantagem de quatro pontos em relação ao Nápoles numa altura em que já só estão nove pontos em jogo, margem que deverá ser suficiente para alcançar um inédito heptacampeonato.
Boas apostas!