Verona é uma ode ao romantismo. Cenário escolhido por William Shakespeare para o drama entre Romeu e Julieta, o amor perene é a imagem de marca da cidade italiana. O estádio Marc’Antonio Bentegodi foi palco de um episódio marcante, protagonizado por um romântico: Gianluigi Buffon. Ligado à “sua” Juventus há 15 anos, cumpriu o 600º (!) jogo no campeonato italiano frente ao Chievo. A “Vecchia Signora” assinalou a importante efeméride com uma vitória por duas bolas a uma, mantendo a diferença face à concorrência na 12ª jornada da Série A.
Ninguém fica indiferente ao carisma de Gianluigi Buffon. O capitão da Juventus – emblema que recusou abandonar aquando da descida à Série B – chegou aos 600 jogos no principal escalão aos 38 anos, marco importante num percurso que começou a 19 de novembro de 1995, quando tinha apenas 17 anos e calçou as luvas para defender a baliza do (agora) malogrado Parma frente ao AC Milan. “Gigi” é o quarto elemento a integrar o “clube dos 600”, juntando-se a Paolo Maldini (647), Zanetti (615) e Francesco Totti (607). Na 12ª ronda da Série A 2016/17, repetiu aquilo que tem feito insistentemente ao longo dos últimos cinco anos: Ganhar. Não conseguiu defender uma grande penalidade apontada por Sergio Pellissier que empatou o jogo aos 66 minutos, mas viu Miralem Pjanic resolver a questão a um quarto de hora do fim, médio bósnio que apontou um grande golo na cobrança de um livre nas imediações da área contrária.
A solução estava no banco
O AC Milan deslocou-se ao Renzo Barbera, na Sicília, apostado em ampliar o ciclo negativo do Palermo em jogos caseiros. A equipa treinada por Vincenzo Montella colocou-se em vantagem desde cedo graças a um golo apontado pelo espanhol Suso, mas Ilija Nestorovski (quem mais?) voltou a brilhar com a camisola dos “rosaneros” e empatou o jogo, apontando o seu sexto golo na atual edição da Série A – o Palermo fez apenas nove golos até então. Depois de já ter lançado o recuperado Matías Fernández bem como o italiano Andrea Poli, Vincenzo Montella apostou em Gianluca Lapadula, jogador que chegou a San Siro depois de ter sido o “artilheiro” do Pescara na Série B 2015/16. Bastaram três minutos para “fazer o gosto ao pé”: Entrou aos 79 minutos e desviou para o golo aos 82, devolvendo a equipa forasteira à liderança do encontro. O AC Milan manteve a diferença em relação à Juventus e ampliou a vantagem face a Lazio e Nápoles, emblemas que empataram a um golo no San Paolo.
No lado “nerazzurro” de Milão, vivem-se dias bem mais conturbados. Frank de Boer foi demitido na sequência da derrota frente à Sampdoria e Stefano Vecchi assumiu os destinos na visita a Southampton para a Liga Europa, num encontro que culminou com uma derrota por duas bolas a uma. Na 12ª jornada da Série A, antes de a direção oficializar Stefano Pioli como novo treinador, Stefano Vecchi voltou a sentar-se no banco e viu a equipa derrotar o “lanterna vermelha” Crotone por três bolas a zero. O Inter foi naturalmente superior durante toda a partida mas a resistência da formação da região de Calábria durou 84 minutos, altura em que Ivan Perisic abriu caminho para uma vitória confirmada por dois golos do argentino Mauro Icardi (88′, g.p e 90+3′).
A noite de Salah
Condicionada no setor defensivo em função de várias lesões e suspensões, a Roma de Luciano Spalletti venceu o Bologna no estádio Olímpico e manteve a sua baliza inviolável. Na ausência de Francesco Totti, foi o egípcio Mohamed Salah quem assumiu a coroa romana, ao apontar um “hat-trick” (13′, 62′ e 71′) que derrotou o Bologna de Roberto Donadoni, incapaz de contrariar a estratégia da equipa da casa. Após o encontro, com o microfone à frente na “flash interview”, Mohamed Salah voltou a ser protagonista e não contornou a pergunta que lhe foi colocada, afirmando que a Roma é a principal candidata a destronar a Juventus e quer interromper o percurso hegemónico da “Vecchia Signora” já esta temporada.
Boas Apostas!