Gana – Rep. Democrática do Congo (CAN 2013)
No primeiro encontro do Grupo B da Taça das Nações Africanas, a ser disputada na África do Sul, o Gana entra com a obrigação de comprovar o seu favoritismo, frente a uma República Democrática do Congo que regressa à ribalta do futebol africano, da qual esteve afastada desde 2006.
Depois de terem ficado pelas meias-finais na edição de 2012, o conjunto ganês não deverá apresentar grandes alterações na filosofia que lhe tem valido tão bons resultados nos últimos anos. Solidez defensiva bem acima da média das equipas do continente, transições rápidas e a presença de uma máquina de fazer golos na frente de ataque.
Comecemos exatamente por aí. Asamoah Gyan é, aos 27 anos, já uma lenda do futebol africano, pois desde os Jogos Olímpicos de 2004 tem marcado presença em Mundiais e Taças das Nações Africanas, revelando sempre um instinto fenomenal para o golo. Apesar da gestão da sua carreira o tenha levado para os Emirados Árabes Unidos – depois de passagens com sucesso por França e Inglaterra – Gyan prova, na seleção, toda a sua utilidade. Em todos os jogos do Gana, as probabilidades de Gyan marcar são sempre altas.
Com uma tática, no papel, semelhante a um 4-3-3, Gyan deverá ser acompanhado na frente de ataque por Emmanuel Clottey, do Esperance Tunis, e por Wakaso, do Espanhol. O dragão Christian Atsu poderá ser uma opção saída do banco, para refrescar as alas, posição muito exigente na forma de jogar do Gana, onde é habitual ver jogadas de transição com três ou quatro toques entre áreas.
No meio campo, o papel de ligação ao ataque está entregue a Asamoah, da Juventus, com Badu, da Udinese e Annan, do Osasuna, a ocuparem o duplo volante, com missões defensivas mas também importante participação na saída da bola para o momento ofensivo. Na defesa está outra das mais-valias deste conjunto. O técnico Kwesi Appiah conta com opções como Mensah (Évian), Vorsah (Red Bull Salzburgo) e Paintsil (Hapoel Telavive), todos eles jogadores de elevada qualidade. A baliza deverá ser entregue a Adam Kwarasey, jogador com escola europeia, nascido na Noruega, e que já no ano passado deu boa conta de si.
No lote das ausências, destaque para os irmãos Ayem, Muntari e Inkoom. No entanto, apesar da qualidade individual destes jogadores poder fazer imaginar um conjunto ainda mais forte, o técnico Appiah tem sabido construir uma equipa forte com as opções disponíveis, confirmando isso com três vitórias nos últimos encontros de preparação, frente a Cabo Verde (1-0), Egito (3-0) e Tunísia (4-2).
A equipa da República Democrática do Congo tem no técnico Claude Le Roy o seu elemento mais experiente para enfrentar a competição. Será a sua sexta participação na prova, com a curiosidade de ter sido ele a liderar este país em 2006. O seu atual conjunto divide-se em jogadores que se mantém a jogar na liga local, que tem uma das equipas mais fortes do continente, o TP Mazembe, e jovens a jogar na Europa. Isso poderá permitir uma presença condigna no torneio.
O experiente Kidiaba, do TP Mazembe, deverá ocupar o lugar na baliza congolesa, com a linha defensiva composta por Issama (Vita Club), Kasulula (TP Mazembe), Mabiala (Karabukspor) e Mongongu (Évian). No meio-campo, Mulumbu (West Bromwich), Zola (1º de Agosto) e Makiadi (Friburgo) oferecem experiência competitiva e solidez, algo fundamental no confronto com equipas mais fortes.
Mas é na frente de ataque que os congoleses apresentam as suas melhores armas. Mputu, avançado do TP Mazembe, já foi considerado como uma das maiores esperanças do futebol africano, antes de ter sido suspenso por tentativa de agressão a um árbitro. O seu regresso deu-nos a conhecer a mesma veia goleadora, mas com mais maturidade, o que faz dele um perigo constante na frente de ataque. A acompanhá-lo, Mbokani, do Anderlecht, e o experiente LuaLua, atualmente no Karabukspor da Turquia, formam um trio de grande qualidade.
Os jogos de preparação pouco nos dizem sobre o momento atual dos congoleses, dado que disputaram apenas um encontro frente ao Burkina Faso, perdendo por 0-1. Apesar da qualidade de alguns dos seus elementos, a R.D. do Congo parece pouco capaz de surpreender o Gana.
O histórico de confrontos entre estes dois países revela equilíbrio, já que ambos foram dominadores em diferentes momentos da história. Nos últimos dez anos, apesar do Gana ser um conjunto mais forte, nem sempre encontrou facilidades frente aos congoleses:
Gana | 0-2 | Rep.Dem. do Congo | CHAN 2009 |
Gana | 3-0 | Rep.Dem. do Congo | CHAN 2009 |
Rep.Dem. do Congo | 1-1 | Gana | WC2006 CAF |
Gana | 0-0 | Rep.Dem. do Congo | WC2006 CAF |
A minha aposta vai para a vitória do Gana e para um golo de Gyan.
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