Gael Monfils – Fabio Fognini (ATP – Roland Garros)
Sábado, se não chover, o espetáculo está garantido no Roland Garros. O acrobático e sempre bem disposto homem da casa, Gael Monfils, frente ao teatral e implicante Fabio Fognini. Não se esperam momentos mortos e o ténis também não será nada mau.
Onde quer que vá, Monfils é sempre acarinhado pelo público. Não é só em França que ele é um dos favoritos das bancadas. E a razão é muito simples, ele é o verdadeiro “entertainer” e com ele em court o espetáculo está garantido. Os fotógrafos também o adoram, Monfils é sinónimo de imagens espetaculares que rapidamente se tornam virais. Este ano, e ainda vamos entrar na terceira ronda, ele já assegurou dois momentos únicos em Roland Garros, o primeiro dos quais nem sequer envolveu uma raquete. No tradicional dia em que o Major de Paris se abre ao público jovem, Monfils protagonizou um embate diferente: Gael e o compatriota Laurent Lokoki mostraram que não só podem arrasar nos courts de ténis como nas pistas de dança. Escusado será dizer que levaram a assistência ao rubro, apesar da chuva intensa que caía. No encontro da segunda ronda, diante de Struff, o francês fez o dia aos homens da imagem, com um espantoso mergulho, para tentar alcançar uma bola impossível. Nem parecia que já tinha ganho os dois primeiros sets e seguia em vantagem no terceiro (7-6, 6-4, 6-1). Como o próprio afirmou na conferência de imprensa posterior, ele não faz esta coisas para agradar o público, faz porque a capacidade atlética que tem lhe permitem fazê-lo, e naquele momento a ideia é apenas uma: “eu posso chegar àquela bola”. Claro que estes movimentos podem causar problemas sérios a Monfils, mas a adrenalina faz milagres e, em última análise, o desporto de alta competição é uma agressão contínua à integridade física dos atletas. Na primeira ronda desta edição do Roland Garros, o vigésimo sétimo tenista mais cotado do ranking levou de vencido o romeno Victor Hanescu (6-2, 4-6, 6-4, 6-2). Gael Monfils admitiu que entrou em campo preocupado por ter estado quatro semanas sem jogar, depois de ter abandonado a meia-final do Torneio de Bucareste com uma lesão no tornozelo direito. Mas acabou por entrar em força, perdeu a concentração no parcial seguinte mas foi capaz de voltar à mó de cima no terceiro set, que assim se tornou decisivo. Os fans do ténis não se deixam enganar, Gael não é um palhaço, não se ocupa o lugar 28 ATP à toa. O francês de vinte e sete anos é um tenista com muito talento e características físicas que lhe permitem fazer quase tudo. Conta cinco títulos de carreira em torneios ATP. Por personalidade, é também alguém que se supera nos grandes palcos mas muitas vezes se ausenta em partidas que não representem grande desafio.
Fábio Fognini ocupa é o décimo quinto tenista mais cotado do circuito de ténis profissional. Embora, por vezes, não pareça, tais são as fitas que faz em court. Já faz parte do número do italiano: contestar decisões, entrar em diálogo com o árbitro de baliza, o resmungar constante para baralhar a concentração dos adversários. Não é fácil resistir a isso e continuar a jogar ténis ao mais alto nível. Fognini leva vinte e oito vitórias e onze derrotas em 2014. Começou a época a retirar-se do Torneio de Chenai com um problema na coxa direita, a mesma que o obrigaria a fazer o mesmo em Barcelona. No Open da Austrália, caiu na quarta ronda, com uma lição de ténis de Novak Djokovic (6-3, 6-0, 6-2). Em Vina del Mar, conquistou o seu terceiro troféu, derrotando, para isso, Bedene, Chardy, Almagro e Leonardo Mayer (6-2, 6-4). Em Buenos Aires tentou aplicar a mesma receita mas perdeu na final para o espanhol David Ferrer (6-4, 6-3). Em Indian Wells, Miami e Monte Carlo não foi além dos oitavos, afastado por Dolgopolov, Nadal e Tsonga, respetivamente. Em Munique chegou à final, que perdeu para Martin Klizan (2-6, 6-1, 6-2). Caiu à primeira tentativa tanto em Madrid como Roma. Na capital francesa, o italiano ultrapassou o alemão Andreas Beck sem dificuldades de maior (6-4, 6-4, 6-1). O brasileiro Thomaz Belluci, que se seguiu, ainda tentou reverter o sentido da partida, forçando a um tie-break no terceiro parcial, mas Fognini não se desmanchou e conseguiu fechar logo ali o encontro.
Monfils e Fognini já se defrontaram cinco vezes e, para já, o marcador dá vantagem ao italiano: três para dois. A primeira vez aconteceu em 2008, em Madrid, com vitória do francês por dois a zero. Seguiu-se o Major de Paris de 2010, para Fognini por três sets a dois. Em 2013, venceu cada um o seu: Monfils em Nice, o italiano em Umag. Já este ano, os dois cruzaram raquetes em Indian Wells, na terceira ronda, e Gael ficou pelo caminho (6-2, 3-6, 7-5).
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