Gabão – Burkina Faso (Taça das Nações Africanas)
O equilíbrio foi nota dominante na jornada inaugural do grupo A da Taças das Nações Africanas. O Gabão, anfitrião da prova, empatou com a estreante Guiné-Bissau, ao passo que o Burkina Faso orientado pelo português Paulo Duarte travou a congénere camaronesa. O estádio de L’Amitié, em Libreville, acolhe o embate entre Gabão e Burkina Faso.
A seleção da casa não esteve à altura das expectativas em tarde de estreia na Taça das Nações Africanas 2017. O Gabão, favorito a garantir um lugar nos quartos-de-final a partir do grupo A da competição, empatou a uma bola com a Guiné-Bissau, única nação estreante em fases finais da prova de entre as 20 que estão a competir. Pierre Aubameyang, figura de proa da equipa e um dos melhores futebolistas africanos da atualidade, deu vantagem à sua seleção à passagem do minuto 53. No entanto, o Gabão consentiria o empate em cima do apito final, já com Sèrge Kevyn (União de Leiria) em campo. Juary Soares, jogador do Clube Desportivo de Mafra, estabeleceu o golo da igualdade e assegurou um lugar na história ao tornar-se no autor do primeiro golo dos guineenses na fase final da competição de seleções mais importante do continente africano.
Treinada pelo espanhol José António Camacho desde o mês passado, a seleção gabonesa teve pouco tempo sob nova orientação para preparar a participação na prova, situação que poderá constituir uma contrariedade para a equipa. Forte em transição, o conjunto da casa conta com o talento de Mario Lemina (Juventus) a meio-campo e a mestria de Aubameyang na frente de ataque, letal no capítulo da finalização.
Onze Provável: Ovono, Obiang, Biyogho Poko, Appidangoye, Ecuele Manga, Evouna, Lemina, Palun, Bouanga, Ndong, Aubameyang
Paulo Duarte cumpre a segunda passagem pela seleção do Burkina Faso (regressou em dezembro de 2015) e a competição disputada no Gabão corresponde à quinta presença consecutiva da nação que foi finalista vencida em 2013 – orientada por Paul Put na altura -, quando perdeu com a Nigéria na África do Sul. Neste grupo A em que Gabão e Camarões figuram como principais favoritos a garantir o acesso aos quartos-de-final, o Burkina Faso surge como principal ameaça ao domínio dos dois favoritos. Na primeira ronda da prova, Benjamin Moukandjo deu vantagem aos camaroneses ainda na primeira parte, mas Issoufou Dayo, jogador dos marroquinos do RS Berkane, estabeleceu a igualdade a sensivelmente 15 minutos do apito final. Olhando para o 11 escolhido por Paulo Duarte para o primeiro desafio, saltam à vista nomes familares como os de Charles Kabouré ou Jonathan Pitroipa, jogadores que se destacaram na campanha de 2013. A novidade mais agradável para os homens do Burkina é o jovem Bertrand Traoré, avançado de 21 anos que milita nos holandeses do Ajax e é um dos bons valores desta CAN. As ligações ao futebol português não se esgotam na figura de Paulo Duarte e Bouba Saré (ex-Vitória Sport Clube, atualmente no Moreirense) também integra a lista de convocados, embora não tenha saído do banco no primeiro desafio. Esta seleção do Burkina Faso tem efetivamente uma palavra a dizer no que diz respeito às contas do apuramento para a próxima fase.
Onze Provável: Kouakou, Coulibaly, Kone, Malo, Dayo, Traore, Pitroipa, Traore, Zongo, Kabore, Nakoulma
O último embate oficial entre as duas seleções aconteceu em na fase final da Taça das Nações Africanas 2015 e o Gabão levou a melhor por duas bolas a zero. Os gaboneses também são favoritos à conquista dos três pontos neste desafio, mas o Burkina Faso tem capacidade para alcançar algo de positivo neste jogo e sagacidade suficiente para chegar ao golo.