Bordéus e Nantes são dois dos históricos do futebol francês que, na Costa Atlântica do hexágono, já dominaram esta competição. Conjuntamente com o Toulouse, que localizado também a Oeste, mas em zona mais interior, partem para a temporada de 2016-17 à espera de conseguir melhorar posições que os deixaram na segunda metade da tabela. Pela mesma ordem de ideias, Lorient e Guingamp esperam conseguir escapar à luta da manutenção o mais cedo possível. Não é um panorama de crise, mas quase.

Bordéus

Toulalan Bordeus

Toulalan será referência no meio-campo do Bordéus

Os Girondinos eram presença habitual nos lugares proeminentes da Ligue 1, com presença regular na Europa, um título nacional e três taças nos últimos dez anos. Mas na temporada passada caíram para a segunda metade da tabela e, com um estádio renovado, estava na hora de tentar mexer com a atitude do plantel. Para o conseguir, a administração do clube investiu forte em três contratações que podem mudar o paradigma do Bordéus. A principal delas é a chegada de Jocelyn Gourvennec, jovem treinador que em seis anos de Guingamp ganhou uma Taça de França e transformou um pequeno clube numa das equipas mais interessantes do futebol gaulês. A exigência deste projeto é bem maior, mas muito acreditam que pode ser a evolução natural para o antigo avançado. A outra contratação vai ocupar um lugar no meio-campo, Jérémy Toulalan, uma extensão do treinador no relvado e uma experiência de capitão que irá impor uma nova dinâmica no balneário. Finalmente Jérémy Ménez terá, em Bordéus, oportunidade para liderar o ataque em busca de redenção e novo ânimo na sua carreira. No ano um de Gourvennec de Bordéus, voltar à luta pela Europa parece ser um passo credível.

Nantes

Com um dos presidentes mais controverso da Liga, o Nantes demora a cumprir com a ambição de Waldemar Kita, que pretende devolver o clube à luta pelos lugares europeus. Por isso mesmo decidiu contratar René Girard, técnico que já foi campeão em 2012 e é conhecido por ser um disciplinador. No que toca ao plantel, deverá manter na frente de ataque Emiliano Sala e Sigthorsson, enquanto chegaram Kacaniklic para o meio-campo, Diego Carlos e Lucas Lima, do Estoril e do Arouca, para a defesa. As alterações também passaram por uma certa limpeza de balneário que será continuada pela presença do novo treinador, que não costuma dar espaço para jogadores não envolvidos com o plano do clube. Crescer, numa primeira fase, para entrar na primeira metade da tabela enquanto persegue um modelo de jogo que seja atraente e transforme os canários numa das atrações do futebol da Ligue 1 são as elevadas ambições deste conjunto.

Lorient

Cafu Lorient

Cafú aumenta lote de portugueses em França

A saída de Christian Gourcuff do clube significou a perda de uma referência que se confundia com a própria identidade do mesmo, mas se algo se pode dizer sobre Sylvain Ripoll, um dos seus adjuntos de sempre, é que conseguiu manter a equipa à tona em anos de sobrevivência complicada. No entanto, o nível de exigência terá que subir um pouco, de forma a evitar o sufoco das temporadas passadas, e por isso mesmo as contratações de Lindsay Rose, Sylvain Marveaux ou do português Cafú pretendem elevar as opções de um plantel que já não terá Raphael Guerreiro. Alargar horizontes, recuperando também personalidade e identidade, é uma tarefa que Ripoll está obrigado a conseguir.

Guingamp

Escolhido Antoine Kombouaré para ser o substituto de Jocelyn Gourvennec, o Guingamp espera não voltar a passar pelos mesmos apertos da temporada passada. Com Romain Salin como uma das contratações mais importantes, apesar de pouco conhecido na Ligue 1, o clube espera solidificar as ideias em redor de um treinador que não tem, propriamente, um histórico de grande sucesso, apesar de já ter vencido uma Taça de França, em 2010. Estará debaixo do radar, entre os conjuntos que facilmente podem sair dos carris neste início de temporada.

Toulouse

A quarta maior cidade francesa nunca conseguiu ter um clube que cumprisse, a nível desportivo, com o sucesso económico do local onde está implantado. Pascal Dupraz, depois de ter salvo a equipa da descida na última jornada, quer começar a mudar isso mesmo na época 2016-17. No entanto, a saída de Ben Yedder poderá ser um problema demasiado grande para ignorar, tendo em conta que este avançado se impunha como a grande referência ofensiva da equipa. Procurar jogadores que possam assumir a responsabilidade, sendo que até ao fecho do mercado ainda deverá estar ativo no tratamento deste assunto, é um ponto de partida obrigatório para que o Toulouse possa ir em busca de uma posição na primeira metade da tabela.

Boas Apostas!