O confronto de estilo entre as seleções de Dinamarca e Perú terminou com uma vitória da formação nórdica por uma bola a zero. A formação treinada por Age Hareide deu um passo importante rumo à fase seguinte do campeonato do mundo.
O conceito de “justiça”, no futebol, é altamente subjetivo. No entanto, quem assistiu ao duelo entre Dinamarca e Perú dificilmente considerará que a seleção sul-americana não merecia mais, isto atendendo ao que fez ao longo dos 90 minutos. A superação foi tanta que os “Incas” quase conseguiram que o adepto comum tomasse como suas as dores dos peruanos.
Cueva falhou, Poulsen definiu
Desde cedo se percebeu que ambas as seleções estavam cientes da importância do desafio, potencialmente decisivo na luta pelo segundo lugar do grupo C. A equipa peruana apresentou-se mais descomplexada e dinâmica que a adversária, assumindo os destinos do desafio de forma progressiva. Em Saransk, os comandados de Ricardo Gareca acercavam-se cada vez com mais perigo da área contrária, beneficiando de uma ocasião soberana para chegarem ao golo mesmo em cima do intervalo. O árbitro do Gabão Bakary Gassama assinalou grande penalidade sobre Christian Cueva e, chamado a bater, o jogador do São Paulo nem sequer acertou na baliza, deixando o relvado lavado em lágrimas.
No início da segunda parte, a toada manteve-se, mas a seleção dinamarquesa, apercebendo-se da propensão peruana ao risco na saída de bola, foi subindo linhas, procurando pressionar o portador de forma constante. Perto da hora de jogo, na sequência de um contra ataque conduzido por Eriksen – não esteve ao seu melhor nível -, Poulsen, estreante absoluto em campeonatos do mundo, surgiu na cara do guardião Gallese e finalizou com sucesso, encarnando a frieza dinamarquesa na melhor ocasião do desafio.
A partir daí, o domínio da seleção peruana acentuou-se e a Dinamarca viu-se obrigada a baixar as linhas, procurando bloquear os caminhos para a sua baliza a um Perú que, a perder, conseguia encostar o adversário mais tinha pouco discernimento na hora de tentar decidir como atacar a baliza contrária. O subaproveitamento dos corredores, com Carrillo a rubricar uma boa exibição pela direita, foi uma evidência – a equipa de Gareca insistia em tentar a sua sorte pelo centro do terreno, já com Paolo Guerrero em campo, avançado que quase finalizou com sucesso de calcanhar. A melhor ocasião no segundo tempo surgiria precisamente na sequência de um desequilíbrio pela ala da autoria de André Carrillo. O jogador contratualmente ligado ao Benfica assistiu Farfán no centro da área, mas o avançado do Lokomotiv permitiu a defesa a Schmeichel. Em desvantagem e obrigada a arriscar, a seleção peruana ainda sofreu um grande “calafrio” quando Eriksen surgiu na cara do golo, obrigando Gallese a uma grande defesa.
França e Dinamarca lideram o grupo com três pontos cada.
Boas apostas!