A seleção gaulesa é a terceira a confirmar a passagem aos oitavos de final. Exibição consistente da França, ao contrário da estreia, com uma primeira parte de alto rendimento e um segundo tempo de controlo. O Peru volta a dar nas vistas. A equipa de Gareca faz tudo bem até chegar à área contrária, onde não consegue penetrar e ser eficaz. Os jogadores saem em lágrimas.
Peru atrás dos pontos
É partida de tudo ou nada para o Peru. Ao fim de trinta e seis anos de ausência, a seleção americana não quer ir já para casa mas para se manter viva na competição tem absoluta necessidade de pontuar. E um empate pode não chegar. Para a França, que não deixou grande imagem no jogo de estreia, uma segunda vitória carimba o passaporte.
Deschamps faz duas alterações no onze em relação ao jogo com a Austrália (2-1). Ousmane Dembélé e Corentin Tolisso vão para o banco por troca com Olivier Giroud e Blaise Matuidi. Veremos até que ponto a estrutura gaulesa se altera com estas mudanças. Uma coisa é certa, aos avançados mais móveis – Kylian Mbappé e Antoine Griezmann – junta-se um homem mais de área.
Gareca também muda. Pedro Aquino substitui Renato Tapia no meio-campo. O capitão Paolo Guerrero, estranhamente relegado para o banco no primeiro encontro do Peru, entra para a posição mais adiantada.
Deschamps muda o sistema
À semelhança do que aconteceu frente à Dinamarca, o Peru entra forte no encontro. Mas em poucos minutos o jogo da França também começa a parecer. Paul Pogba está mais ativo no miolo e há uma fluidez que faltou em absoluto frente aos australianos. As alterações, com o regresso a um 4-2-3-1, proporciona a ligação entre setores. O divórcio entre os avançados e os médios do jogo anterior já não é um problema.
O Peru troca os alas, André Carrillo vem para a esquerda e Edison Flores para a direita. Uma ou outra vez a seleção sul-americana cede à tentação do jogo em profundidade, tentando chegar a Guerrero, sem efeito.
A meio da primeira parte Deschamps dá indicações para os jogadores fazerem maior pressão sobre o portador da bola, para que o Peru não se sinta tão confortável no meio-campo defensivo gaulês.
Aos trinta e quatro, a França abre o marcador, com golo de Mbappé. Intervenção decisiva de Pogba, que recupera a bola em posição adiantada, passa para Giroud que faz o chapéu a Gallese. A bola, provavelmente, entraria sem mais intervenção mas o miúdo do PSG foi lá para evitar surpresas.
A seleção francesa está, finalmente, a fazer a exibição que se esperava dela. Defesa, sólida – Pavart a dominar o seu flanco – circulação de bola confiante e vários lances de entrosamento no ataque. Claro que o Peru não é um adversário que pressione e incomode nos momentos defensivos, e isso faz toda a diferença.
Domínio estéril peruano
Ao intervalo, Ricardo Gareca faz duas substituições. Entram Farfán e Anderson Santamaria, saem Rodríguez e Yoshimar Yotún. O Peru reforça a capacidade de ter bola e segurá-la para uma construção sustentada. Faz tudo bem mas não consegue chegar à área gaulesa. Porventura o lance mais perigoso é uma remate de meia distância de Aquino que curva e embate mesmo na quina da barra da baliza de Hugo lloris. A França continua a fazer um bom jogo mas não consegue partir para o contra-ataque. Em certos períodos do segundo tempo os peruanos conseguem forçar a França a jogar nos últimos trinta metros.
Boas Apostas!