O primeiro finalista do Mundial 18 está encontrado. Exatamente dois anos depois de ter perdido a final do Euro 2016 em casa, frente a Portugal, a equipa gaulesa assegurou o acesso à decisão da competição que decorre na Rússia. Um tento solitário da autoria de Samuel Umtiti fez a diferença.
Numas meias-finais do campeonato do mundo com quatro equipas europeias a concurso, a vice-campeã do “Velho Continente” foi a primeira a assegurar o acesso à decisão da competição, deixando para trás uma ótima geração belga que, não obstante, poderá igualar o melhor resultado de sempre em campeonatos do mundo se conseguir vencer a luta pelo terceiro lugar. Os “Bleus”, favoritos no plano teórico à entrada para esta meia-final, conseguiram um triunfo pela margem mínima que permitiu avançar.
Quem esperava um jogo de vertigem entre duas equipas com ótimos recursos ofensivos, saiu defraudado. O desafio não atingiu a espetacularidade que se adivinhava atendendo à categoria das duas equipas em confronto e, apesar das oportunidades de parte a parte e do bom ritmo imposto, esteve longe das partidas mais emocionantes do torneio.
Durante a primeira parte, a seleção belga gozou de maior ascendente, foi crescendo no jogo à medida que o relógio avançava e obrigou Hugo Lloris a um intervenção sublime. Minutos mais tarde, Courtois viu-se obrigado a uma ótima intervenção em resposta a uma tentativa resultante de uma jogada entre Pavard e Mbappé. Ao intervalo, o marcador assinalava um nulo, ainda que a Bélgica tivesse feito mais por merecer a vantagem frente a uma França muito recuada e consistente atrás.
O grande momento do desafio estava reservado para o minuto 51, isto depois de até ter sido a equipa belga a entrar melhor na etapa complementar, dando seguimento ao trabalho realizado no primeiro tempo. Canto cobrado ao primeiro poste e, perante uma desatenção da defesa contrária, Samuel Umtiti apareceu para cabecear para o 1-0, sem grandes hipóteses de defesa para Courtois, que reagiu tarde. Atónita na sequência do golo sofrido, a equipa belga passou por alguns momentos de aperto, naquela que foi a melhor fase da seleção francesa no jogo. Após duas boas oportunidades desperdiçadas, a mais clamorosa por Olivier Giroud, a França viu-se obrigada a recuar e a organizar-se defensivamente para travar as investidas de uma adversária obrigada a “carregar”. Menos criativa que noutras ocasiões e incapaz de encontrar grandes espaços no consistente bloco da França, a Bélgica ainda ameaçou por intermédio de Fellaini, mas a capacidade francesa de “segurar o jogo” e “pôr água na fervura” na altura ideal foi determinante. Fazendo valer a consistência defensiva que já tinha exibido noutras ocasiões, a equipa treinada por Didier Deschamps assegurou o acesso à segunda final consecutiva de uma grande competição.
Boas apostas!