O ano de 2016 ficará marcado na memória de todos os franceses como um ano de depressão. Organizando o Europeu de futebol no seu país e apostando em, uma vez mais, juntar a organização a um título internacional, os franceses caíram na final frente a Portugal. Mas o nosso foco centra-se, menos na seleção e mais na Ligue 1, onde o domínio do Paris SG foi inequívoco na primeira metade do ano e está agora a ser colocado em causa por Nice e AS Monaco. Impassível, perante tudo isto, Alexandre Lacazette, uma máquina de fazer golos que vai estando, cada vez mais, perto de sair de Lyon.
Equipa do Ano: Paris SG
O desafio de bater a melhor equipa francesa é elevado e, no final da temporada 2015/16 não houve quem se conseguisse aproximar de um conjunto que, com Laurent Blanc no banco e Zlatan Ibrahimovic como força desbloqueadora no ataque, dominou totalmente até garantir o título francês. O verão foi de mudanças na casa parisiense, com a chegada de Unai Emery e a saída do avançado sueco, levando a uma mudança no estilo de abordar o jogo. Para já, essa batalha ainda está no seu início, com a equipa a construir-se no objetivo europeu. De qualquer maneira, para a equipa do PSG só existem duas possibilidades. Ser a equipa do ano ou ser a desilusão do ano. É nessa fina linha que Unai Emery vai experimentando fazer trapézio.
Jogador do Ano: Alexandre Lacazette
Houve Ibrahimovic e há Cavani. Ben Arfa e Balotelli. Bernardo Silva. Todos eles a merecerem partilhar este espaço. Mas há um nome que é constante em todos os momentos do ano de 2016. Alexandre Lacazette. Um nome que ameaça confundir-se com golo, transformando a frente de ataque num gatinho sensível quando ele não está em campo. Pelo contrário, quando entra no relvado, Lacazette lança o pânico nas defensivas adversárias. Terá ficado, injustamente, de fora das escolhas de Deschamps para o último Euro e isso levou-o a ser considerado demasiado caro pelos candidatos a levá-lo para a Premier League. Mas vai ficando claro, já na presente temporada, que é apenas uma questão de tempo até vermos Lacazette a marcar golos num lugar onde saia ainda mais valorizado.
Revelação do Ano: Alassane Plea
Figura secundária no Nice onde Ben Arfa reinou nos primeiros seis meses do ano, Alassane Plea explodiu na segunda metade de 2016, com Mario Balotelli a permitir-lhe mais espaço e protagonismo. Depois de uma passagem pelas escolas do Lyon, Plea está agora na terceira temporada ao serviço do Nice. Tem 23 anos e marca o seu espaço como um avançado móvel e com cheiro de golo, muito à imagem de vários outros nomes que têm surgido nas escolas de formação francesas. Se o Nice continuar no topo da tabela da Ligue 1, boa parte o deverá a este jovem que vai reservando foco no futebol francês.
Treinador do Ano: Leonardo Jardim
O português nem sempre foi bem tratado em França, sendo até acusado de praticar um jogo feio, demasiado focado nos resultados. Mas como lutar contra adversários que têm armas tão superiores às nossas? Leonardo Jardim vai demonstrando, esta época, que se tiver talento, também as suas equipas podem brilhar e namorar o futebol ofensivo. É um treinador com plena consciência das ferramentas que tem ao seu serviço. Quando o Monaco esteve mal, ele soube-o guiar de regresso ao topo, agora, que o Monaco consegue apresentar um plantel com muitas opções, lá está ele, a lutar pelo título e a evidenciar-se na Europa. É isso que conta para se ser o treinador do ano.