Desta ronda dos oitavos-de-final da Taça de Portugal 2017/18 fica a certeza de que a final do ano passado, entre Benfica e Vitória Sport Clube, não se voltará a repetir. O atual detentor do troféu caiu em Vila do Conde, ao passo que o Vitória não foi capaz de conquistar o Dragão. O Sporting não teve dificuldades para derrotar o Vilaverdense. O Farense é a única equipa do Campeonato de Portugal que segue em competição.
A eliminatória dos oitavos-de-final da Taça de Portugal 2017/18 começou na quarta-feira (13) a horas pouco ortodoxas, imediatamente após o almoço em dia de semana (alô, FPF) e pouco faltou para terminar já no dia seguinte. Nos jogos da matiné, o Moreirense teve que sofrer bastante para levar de vencida a formação açoriana do Santa Clara, objetivo consumado já na decisão através da marcação das grandes penalidades depois de uma igualdade a dois. O SC Praiense, a outra formação açoriana ainda em prova, recebeu e perdeu com o Farense por uma bola a zero, no único encontro entre equipas do terceiro escalão nacional. Também em território insular, neste caso da Madeira, foi o Desportivo das Aves quem voou para os “quartos” ao superiorizar-se categoricamente ao União da Madeira por cinco bolas a uma.
Em Alvalade, ao final da tarde, nem sequer houve lugar a grandes duvidas. A resistência do modesto Vilaverdense durou até perto do intervalo, altura em que Seydou Doumbia fez o primeiro de um “hat-trick” que viria a consumar graças aos tentos apontados nos minutos 64 e 74. Gelson Martins fechou a contagem a dois minutos do fim num dia que os comandados de António Barbosa jamais esquecerão.
Benfica cai nos Arcos
De entre os chamados “três grandes”, o Benfica era, sem margem para duvidas, o que se prepara para o desafio mais exigente. Numa noite chuvosa no estádio dos Arcos, em Vila do Conde, avançaram os homens da barca local. Nem sempre bem jogado mas muito disputado, o encontro entre Rio Ave é decerto um dos melhores nesta Taça de Portugal, por aquilo que uma e outra equipa procuraram fazer. O Benfica ficou pelo caminho, mas fez um dos melhores jogos da temporada, pese embora a permeabilidade defensiva. Jonas deu vantagem aos “encarnados” com um golo de belo efeito, Lionn e Rúben Ribeiro “viraram” entre o início da segunda parte e a hora de jogo e Luisão, a quatro minutos do fim e depois de já ter visto Jonas falhar um penalty, foi lá à frente bater a “muralha” Cássio. O mesmo Luisão viria a lesionar-se poucos minutos depois, dando sinal à equipa técnica de que não conseguia continuar em jogo para o prolongamento. Já com as substituições esgotadas, a equipa orientada por Rui Vitória ficou reduzida a dez unidades e foi muito por aí que se fez a diferença. Logo a abrir o prolongamento, à imagem do que já tinha acontecido no início da etapa complementar, Hélder Guedes apareceu na cara de Bruno Varela e desviou para o golo, beneficiando do mau posicionamente de Seferovic, que o deixou em jogo. Até final, mesmo quando o desgaste físico já não permitia o melhor discernimento, o Benfica tentou chegar a novo empate mas esbarrou sempre nas luvas de Cássio.
Dragão avança
No Dragão desde cedo se percebeu que não era a noite do Vitória Sport Clube, já que mais não seja pela infelicidade de Victor García no lance em que o árbitro da partida apontou para a marca da grande penalidade logo aos 12 minutos, devidamente cobrada por Vincent Aboubakar. Os vitorianos raramente demonstraram ser capazes de combater a tendência e foi sem surpresas que o Porto galgou mais uma etapa rumo ao Jamor, marcando por três vezes na segunda parte com tentos de Danilo Pereira e André André (2), jogador que entrou aos 62, marcou volvidos dois minutos e encerrou a contagem aos 83.
Para concluir a eliminatória, falta realizar-se o Caldas – Académica, marcado para dia 30 de janeiro.
Boas Apostas!