A derrota de Mourinho em Stamford Bridge separou as águas. Ninguém parece ter pernas ou arte para travar o Manchester City, que segue invicto e com oito pontos de vantagem sobre toda a concorrência. A paragem vem na altura certa porque as lesões continuam a fazer vítimas. Mas a notícia da jornada aconteceu no rescaldo. Slaven Bilic já não é treinador do West Ham e a sombra de David Moyes ameaça no horizonte.
Melhor início de sempre na Premier League
O Manchester City continua a reafirmar o seu poderio. A equipa de Pep Guardiola bateu, sem qualquer contestação, o Arsenal no Etihad (3-1), com mais uma partida impressionante. Kevin de Bruyne abriu o ativo, assinalando mais uma exibição superior, e já são muitos os que o apontam como o melhor jogador a alinhar na Premier League, nos dias de hoje. Os Cityzens estão absolutamente imparáveis e não podemos esquecer que este encontro veio na sequência de uma viagem a Nápoles para a Liga dos Campeões, um jogo de dificuldade elevada. Há um empate apenas a destoar no registo vitorioso (10V/ 1E/ 0D) e o departamento da concretização exemplifica isso muito bem: trinta e oito marcados e sete sofridos. Estão com oito pontos de vantagem sobre toda a concorrência. Só mesmo Arsène Wenger, depois de um banho de bola, podia tentar puxar para a discussão os supostos “mergulhos” de Raheem Sterling.
O Chelsea voltou a travar José Mourinho. Com Kanté de volta os Blues venceram a luta do meio campo e a equipa ficou imediatamente com outro ar. Claro que ajudou, na parte da motivação, enfrentarem o antigo técnico e a necessidade de dar resposta à derrota com o AS Roma. Há quem diga que o facto de David Luiz estar nas bancadas também ajuda a tornar o Chelsea mais sólido. O golo de Morata valeu os três pontos, o que aproxima o campeão em título dos perseguidores ao City. Tottenham e United somam vinte e três, o Chelsea tem um a menos.
Fim da linha para Bilic
Slaven Bilic foi oficialmente dispensado como treinador dos Hammers na segunda-feira mas a decisão já era por demais esperada. Até o treinador croata reconheceu que já esperava, depois de um início de temporada dececionante. A última gota foi a derrota frente ao Liverpool (1-4), no sábado, que resultou na descida ao décimo oitavo posto da tabela classificativa. Como já antes tinha acontecido com o Everton, a linha da despromoção afeta as direções dos clubes e obriga a uma reação.
Esta era suposto ser uma época de viragem para o West Ham e Bilic não estava a ser capaz de a operar. De facto o croata está há um ano com a cabeça no cepo, por assim dizer. Nessa altura foi toda a questão com a pressão para sair de Dimitri Payet e a divisão do plantel. Mas com o tempo que lhe foi dado o técnico conseguiu a manutenção e uma nova oportunidade.
De herói que chegou para discutir quase até ao fim uma vaga na Liga Milionária, embalado no efeito Payet, Slaven Bilic caiu rapidamente do pedestal quando a sua estrela se rebelou. O West Ham aproveitou também para fazer esta mudança na paragem do campeonato para os trabalhos das seleções. Mas claro que já está alinhavada uma solução. Diz-se que o escolhido será David Moyes. Embora os resultados do treinador escocês nos últimos três clubes por que passou tenham sido muito fraquinhos ele continua a ter mercado. Vamos ver o que ele consegue fazer com este plantel.