Ferencvaros – Molde (Liga dos Campeões)
O Aker Stadion em Molde, na Noruega, recebeu aquele que foi, muito provavelmente, o encontro mais entusiasmante da fase de qualificação para a Liga dos Campeões 2020/21. A eliminatória entre Molde e Ferencváros vai decidir-se em Budapeste, na Hungria, após um empate a três no primeiro encontro.
Análise Molde
O Molde precisa de correr atrás do prejuízo nesta deslocação a Budapeste. O empate a três da primeira mão deixa o Ferencváros em vantagem na eliminatória e a formação norueguesa só pode pensar na vitória, dado que um empate por um “placard” superior que 3-3 corresponde a um cenário altamente improvável.
O desfecho do desafio da primeira mão podia, no entanto, ter sido bem mais cruel para o Molde, conjunto que aos 7 minutos sofreu o primeiro golo, aos 52 o segundo e, mesmo assim, teve disponibilidade (tanto do ponto de vista físico quanto psicológico) para dar a volta à situação e chegar ao 3-2. O “balde de água fria” caiu ao minuto 87, altura em que Igor Kharatin converteu uma grande penalidade com sucesso, estabelecendo o 3-3 final.
O foco do Molde está todo na fase preliminar da Liga dos Campeões, dado que no campeonato norueguês, que caminha para o fim, já pouco há a fazer. No fim-de-semana, o treinador Erling Moe “rodou”mesmo a equipa toda a pensar neste segundo duelo com o Ferencváros – o Molde perdeu por uma bola a zero na receção ao Sandefjord.
Os pupilos de Moe preparam-se para jogar fora de casa pela segunda vez nesta etapa de apuramento para a “liga milionária”. Na anterior ocasião, foi a casa do Celje vencer por duas bolas a uma. Uma coisa é certa: o Molde precisa de marcar em Budapeste e adotará uma estratégia em conformidade com esse objetivo, procurando acercar-se da baliza adversária desde o primeiro momento.
Onze provável: Linde, Gregersen, Haugen, Eikrem, Ellingsen, Hussain, Aursnes, Hestad, Wingo, Leke, Knudzton
Análise Ferencváros
O Ferencváros quer continuar a fazer história para poder voltar a estar na fase final da competição de clubes mais importante da Europa. A equipa da capital húngara conquistou um excelente resultado na Noruega e, a menos que algo de altamente improvável aconteça (um empate a três – que daria prolongamento – ou mais), a equipa treinada por Serhiy Rebrov entra em cena com a tranquilidade de “jogar com dois resultados”. Os húngaros não se vão “encostar” à vantagem que trazem da Noruega nem adoptarão uma estratégia excessivamente conservadora até porque não é essa a sua natureza, mas naturalmente terão mais cautelas que no Aker Stadion. Para ter sucesso nesta segunda mão, Rebrov estará igualmente ciente do quão importante será melhorar e afinar alguns aspetos nas bolas paradas defensivas.
O Ferencváros poderá até ter menos bola neste desafio, à semelhança do que aconteceu no primeiro jogo. Mais do que em organização, esta equipa do Ferencváros apresenta créditos firmados em transição e já demonstrou isso mesmo tanto ao Molde quanto aos adversários anteriores, sobretudo ao Celtic. Boli, Nguen e Uzuni voltarão a ser três setas apontadas à baliza contrária, procurando repetir a boa exibição rubricada no primeiro encontro.
A equipa húngara não entrou em cena após o segundo duelo com o Molde, uma vez que viu o respetivo encontro do campeonato doméstico adiado. Em sete encontros oficiais já disputados, o Ferencváros marcou sempre.
Onze provável: Dibusz, Blazic, Civic, Frimpong, Botka, Kharatin, Somália, Laidouni, Uzuni, Nguen, Boli
Dica de Prognóstico
Antevê-se um encontro com caraterísticas semelhantes ao da primeira mão. O Molde está obrigado a marcar e o Ferencváros não pode confiar na vantagem que traz da Noruega. Atendendo à natureza de uma e outra equipa e às fragilidades defensivas de ambas, tudo aponta para que ambas voltem a chegar ao golo.