Fenerbahce – Real Madrid (Euroleague)
Era a grande dúvida do playoff, ficar a saber se alguma equipa turca iria ter a possibilidade de disputar a Final Four “em casa”, visto que as três equipas apuradas para os oito melhores tinham, todas, terminado entre o quinto e o oitavo lugar, logo, sem vantagem para decidir em casa a sua caminhada até à final. No entanto, o Fenerbahce conseguiu bater o Panathinaikos, sem apelo nem agravo, garantindo o lugar, enquanto o Darussafaka Dogus também ainda conseguiu assustar o Real Madrid, mas sem a mesma capacidade para se intrometer nos quatro melhores clubes da Europa.
O Fenerbahce chega a esta Final Four depois de ter terminado em quinto lugar na fase regular, com 18 vitórias e 12 derrotas. No playoff, três jogos bastaram, dois deles em Atenas, para afastar o Panathinaikos. A equipa turca, jogando em casa, tem todas as condições para fazer esquecer a fase regular, que não terá corrido totalmente de feição, e para se afirmar na Final Four como um conjunto com capacidade para lutar pelo título europeu. O quarto conjunto mais forte em termos de aproveitamento dos lançamentos de três pontos, o Fenerbahce tem jogadores com larga capacidade e experiência para atacar este encontro decisivo. Em termos defensivos, é uma das equipas que permite menos tiros de três pontos e tem uma enorme capacidade para bloquear lançamentos perto do seu cesto. As figuras principais do Fenerbahce são Bogdan Bogdanovic, que chega mesmo a ser considerado para ser o MVP destas finais, caso cumpra as expectativas sobre o seu momento de forma, e Ekpe Udoh, um verdadeiro gigante na luta das tabelas. Depois, na rotação, fundamentais os papéis de Bobby Dixon, Kostas Sloukas, Jan Vesely e Luigi Datome, que impõe um ritmo de jogo elevadíssimo, bem ao gosto do seu treinador Zeljko Obradovic.
Pela frente, estará o Real Madrid, vencedor da Fase Regular, que ultrapassou o Darussafaka Dogus no playoff, com 3-1 na eliminatória. A equipa espanhola vive uma temporada mais bem perto do topo, com um conjunto de jogadores que vive um pouco uma mudança, depois de saídas e também de elementos que vão sentindo o peso dos anos no seu jogo. Sergio Llull é a peça central da equipa, pelas qualidades que coloca em campo, pela capacidade de decidir e pela forma de abordar os momentos mais exigentes do jogo. Llull é o elemento que faz toda a diferença, mas, obviamente, não estará só. Anthony Randolph e Gustavo Ayón são dois gigantes que, se o mexicano se foca essencialmente no jogo interior, contam com, sobretudo do lado do norte-americano, um elemento que é forte em todos os momentos do jogo. Depois há ainda o jovem prodígio Luka Doncic e o veterano Rudy Fernandez como elementos fundamentais, numa rotação que se completa com a presença de Jaycee Carroll, Jonas Maciulis e Trey Thompkins, para além de Othello Hunter, Felipe Reyes e Andrés Nocioni. Muita gente, com muita qualidade, que depois de dar uma excelente resposta ao longo da temporada, tem agora dois encontros para confirmar que é mesmo o melhor.
Na fase regular, o Fenerbahce venceu o jogo disputado em Istambul, cabendo ao Real Madrid o jogo disputado em Espanha.
Jogo de difícil prognóstico, tendo em conta que em ambos os lados estão conjuntos com muitas qualidades e capacidades para fazer a diferença num jogo decisivo.