A disputa da Supertaça frente ao Desportivo das Aves, agendada para o próximo sábado (4) fez com que o FC Porto fosse o primeiro dos denominados “três grandes” a dar por terminada a pré-temporada. Sem impressionar, os “dragões” rubricaram uma pré-temporada dentro dos trâmites, demonstrando alguns aspetos positivos e outros que precisam de ser melhorados.
Mercado
Intervencionado pela UEFA em função de ter estado em incumprimento com o “fair-play” financeiro e sob vigilância até 2020, o Porto viu-se obrigado a ajustar a sua postura no mercado. Nesta janela de transferências, destaque para as vendas de Ricardo Pereira (Leicester) e Diogo Dalot (Manchester United), jogadores que juntos renderam mais de 40 milhões de euros à equipa “azul e branca”. Willy Boly rumou ao Wolves a título definitivo a troco de 12 milhões de euros, Layún assinou pelo Villarreal e Gonçalo Paciência pelo Eintracht Frankfurt.
Uma das saídas de maior peso, curiosamente, não rendeu dinheiro aos cofres do Dragão: Iván Marcano rumou à AS Roma a custo zero, uma vez que se encontrava em final de contrato. Os portistas desfizeram-se ainda de “excedentários” como João Carlos Teixeira, reforço do Vitória Sport Clube, e André André, jogador que também regressou ao “Castelo”.
Para colmatar a vaga deixada por Iván Marcado, o Porto investiu na contratação de Chancel Mbemba ao Newcastle, gastando oito milhões de euros. Majeed Waris foi adquirido a título definitivo e para a lateral direito que anteriormente era de Ricardo Pereira, chegaram à Invicta três soluções, sendo que algum não deverá integrar o plantel principal: Éder Militão, João Pedro e Saidy Yanko.
As situações de Ewerton e Paulinho, alegadamente contratados ao Portimonense, tem suscitado alguma polémica, em virtude de um desacordo entre os dois clubes no que diz respeito ao pagamento das verbas acordadas.
Jogos de pré-época
O Porto “abriu a oficina” no início do mês de julho e cumpriu três jogos de preparação no norte do país, todos à porta fechado frente a Sporting de Espinho (4-0), Varzim (8-0) e Académica (3-0), rumando posteriormente ao Algarve.
Os primeiros testes “a sério” aconteceram mesmo no sul de Portugal, altura em que Sérgio Conceição começou a encurtar o plantel. Após a derrota com o Portimonense (2-1), Conceição afirmou que “alguns jogadores não teriam qualidade para integrar o plantel principal” e logo após o desaire seguinte, frente ao Lille (2-1), seis atletas receberam “guia de marcha”. Nessa mesma ocasião, Conceição fez algumas “exigências” no que toca ao ataque ao mercado que viriam a ser satisfeitas pela direção com o encerramento dos “dossiês” de Mbemba e Militão
A partir do encontro com o Everton (vitória por uma bola a zero), o Porto conseguiu estabilizar, vencendo o Farense antes do regresso ao norte do país para enfrentar o Newcastle, no Dragão, num desafio que terminou empatado sem golos – a equipa portuguesa dispôs das melhores ocasiões para marcar.
A poucos dias do início da Supertaça, fica a sensação de que ainda poderão chegar reforços ao Dragão, nomeadamente para a esquerda da defesa e para o ataque. A julgar pelos primeiros testes, as principais lacunas deste Porto residem no setor defensiv0, importando destacar a emancipação do jovem Diogo Leite, jogador que deverá constar nas escolhas habituais de Sérgio Conceição para a nova época.
Boas Apostas!