Num fim-de-semana marcado pela discussão dos calendários competitivos e dos períodos de descanso que cada equipa beneficiou entre jornada europeia e jornada da Liga NOS, acabámos por ter uma aula prática sobre os efeitos da gestão de plantéis entre as quatro principais equipas da competição. O resultado final deixa o FC Porto mais só na frente, com quatro pontos de distância sobre a concorrência.
Há sempre mais um no Dragão
Sérgio Conceição tem gerido com particular capacidade o plantel azul e branco e, mesmo numa semana em que não podia contar com o castigado Danilo Pereira ou com os lesionados Corona e Marega para o onze titular, conseguiu montar a equipa descobrindo mais opções para a titularidade. A principal surpresa terá ocorrido com a escolha de Diego Reyes para médio-defensivo, ainda que, para o mexicano, essa posição não seja uma novidade.
O golo acabaria surgir dos pés de um outro mexicano, Herrera, contando com assistência de Reyes. A equipa do Belenenses demonstrou capacidade para atrapalhar as dinâmicas dos portistas fragilizados pelas ausências, mas não foi capaz de levar maior perigo para perto da baliza de José Sá. Aboubakar, já bem perto do final, aumentou a vantagem no marcador que acabaria por definir, também, uma maior distância para os rivais.
Benfica experimenta meio-campo em Guimarães
Rui Vitória continua a explorar as possibilidades que o seu plantel lhe oferece, numa fase da temporada em que a participação na Liga dos Campeões parece já não ser caminho de sucesso. Em Guimarães, lançou um meio-campo composto por Fejsa, Pizzi e Krovinovic, algo que há muito já vinha sendo reivindicado. Na frente de ataque apareceu Jonas como principal referência ofensiva, comprovando também como possível outro elemento que, muito tempo, chegou a ser colocado em causa, o da sua eficácia como ponta-de-lança.
Foi, aliás, o brasileiro, num lance que lhe é típico, a abrir o marcador aos 27 minutos. A equipa vimaranense conseguia, no entanto, dar resposta e tentar afectar um Benfica que, apesar de tudo, revelava alguns problemas de solidez. Só que à passagem do minuto 75, a resistência dos minhotos acabou por se esvair. Samaris, primeiro, Salvio, depois, elevaram a conta para três e deixaram o Vitória sem grandes esperanças.
Uma pequena luz haveria ainda de se acender com o golo de Rafael Martins, aos 86 minutos. Mas Tallo acabaria por desperdiçar um pénalti que, nos descontos, ainda poderia ter dado uma nova vida à equipa de Pedro Martins.
Sporting cede ou conquista pontos?
O Sporting repetiu o mesmo onze utilizado frente à Juventus, fragilizado pelas ausências de Piccini, Mathieu, Fábio Coentrão e William Carvalho. Com o jogo a decorrer ainda perderia Acuña, na primeira parte, e Bas Dost, mas só depois do holandês ter dado vantagem aos leões, num jogo onde Abel Ferreira conseguiu, uma vez mais, demonstrar-se bastante competitivo num quadro em que a sua equipa não era vista como favorita.
Mas a grande emoção da partida estava reservada para os minutos finais. O Braga chegou ao empate através de um pénalti marcado por Dyego Sousa, aos 85 minutos, com pouco tempo depois Danilo, ajudado pelo ressalto em André Pinto, ter colocado a equipa minhota em vantagem. O Sporting haveria de empatar no último lance do encontro, com Bruno Fernandes, também num pénalti, a não falhar. Daí o sentido da pergunta sobre os pontos perdidos ou conquistados por um Sporting que não foi capaz de confirmar o seu estatuto na noite de domingo.
Boas Apostas!