Fabio Fognini – Kei Nishikori (ATP Masters Miami)
Fabio Fognini e Kei Nishikori foram os primeiros a marcar presença nos quartos de final do Masters 1000 de Miami. Para o italiano, que teve passagem descomplicada por Donald Young, é uma estreia em Key Biscane, onde nunca tinha ido além dos oitavos. O japonês, finalista vencido na última edição, precisou de algum engenho para deixar para trás o argentino Delbonis.
Fabio Fognini chega pela primeira vez aos quartos de final em Miami. Nas edições anteriores, o melhor que tinha conseguido foi os oitavos, em 2014, e nessa altura foi travado por Rafael Nadal (6-2, 6-2). A última vez que o tenista italiano de vinte e nove anos se viu nestas andanças foi em 2013, no Masters de Cincinnati. Mas o que se viu esta terça-feira em court em Key Biscane foi o vintage Fognini e esse, no dia certo, pode ser letal.
Fabio Fognini foi o carrasco de João Sousa (7-6, 2-6, 6-3), na segunda ronda, numa partida que teve direito às habituais quezílias que acompanham o jogo do italiano. Jeremy Chardy (3-6, 6-4, 6-4) foi o adversário que se seguiu e também o francês requereu algum empenho por parte do agora quadragésimo do ranking. Talvez por ter sido obrigado a aplicar-se nas rondas anteriores, o confronto com Donald Young (6-0, 6-4) correu melhor do que se poderia esperar. Fognini esteve muito bem no serviço, seguro e concentrado desde o primeiro momento e o norte-americano, por oposição, não conseguiu acertar uma no primeiro set. No segundo melhorou um pouco a performance mas por essa altura já o italiano ia embalado e não deu hipóteses.
Kei Nishikori é o segundo tenista mais cotado nesta edição do Masters de Miami e o japonês, finalista vencido na edição do ano passado em que perdeu com Novak Djokovic (6-3, 6-3), já reconheceu que tem a ambição de chegar aos títulos em torneios de categorias superiores. É natural que com o estatuto de segundo cabeça de série, acalente o sonho de ser bem-sucedido em Key Biscane. Ou acalentava. As hipóteses de progressão do número quatro do ranking vão depender bastante das limitações físicas que tiver. No encontro dos oitavos de final, Nishikori teve que solicitar um tempo médico para receber tratamento no joelho. É certo que parece ter funcionado já que depois de ter perdido o segundo parcial e ter sofrido um break no início do terceiro venceu os quatro jogos seguintes de enfiada para inclinar a partida a seu favor, em definitivo. Mas foram quase duas horas e meia em court para se livrar de Federico Delbonis e pode ter que pagar essa fatura no duelo com Fognini. Não podemos esquecer que já na ronda anterior, Fernando Verdasco tinha sido um adversário exigente (7-6, 6-7, 6-1).
Nos últimos seis anos, contando com o atual, Kei Nishikori nunca caiu antes dos oitavos de final em Miami e isso dá confiança mas também dá responsabilidades. O japonês tem pontos a defender aqui.
Esta temporada teve o contratempo de apanhar Roger Federer logo nos oitavos de final do Open da Austrália (6-7, 6-4, 6-1, 4-6, 6-3). Alcançou a final em Brisbane e Buenos Aires, mas os títulos foram para Grigor Dimitrov (6-2, 2-6, 6-3) e Aleksandr Dolgopolov (7-6, 6-4).
2016 | Masters de Madrid | Nishikori | 2 | 6 | 3 | 7 | 2R | |
Fognini | 1 | 2 | 6 | 5 | ||||
2011 | Open da Austrália | Nishikori | 3 | 6 | 6 | 6 | 6 | 1R |
Fognini | 1 | 1 | 4 | 7 | 4 |
Nishokori venceu os dois embates anteriores com Fognini mas de ambas as vezes o italiano conseguiu vencer um set para esticar as partidas a um decisivo.