A maior competição do Basquetebol Europeu de clubes inicia-se hoje, reunindo as 24 equipas mais fortes do continente, oriundas de 12 países diferentes. O Olympiakos entra com a missão de defender o título conquistado em Londres, na temporada passada, perseguindo o mesmo objetivo até Milão, onde se realizará a edição de 2014 da Final Four. Até lá, duas fases e um playoff eliminatório deixarão bem claro quem merecerá fazer a festa.
No Grupo A, podemos encontrar as equipas do FC Barcelona, CSKA Moscovo, Fenerbahce Ulker, Partizan Belgrado, Budivelnik Kiev e JSF Nanterre. Eis a nossa análise de cada uma delas.
FC Barcelona
Depois de no ano passado ter chegado à Final Four, perdendo para o Real Madrid e o CSKA Moscovo, para além de ter também perdido o título na Liga Endesa, o conjunto catalão sabia só ter uma opção para esta época: operar uma reviravolta no seu plantel, fortalecendo-se onde, no passado, sentiu fragilidades. Mantém-se Juan Carlos Navarro, Marcelinho Huertas, Erazem Lorbek e Ante Tomic como base de uma equipa que terá agora em Jacob Pullen, Kostas Papanikolaou, Bostjan Nachbar, Maciej Lampe e Joey Dorsey uma segunda linha de trabalhadores, com uma aproximação ao jogo bastante mais física e com um hábito de grandes conquistas inscrito no seu ADN. Será, também, um grande desafio às capacidades do técnico Xavi Pascual, de quem se espera bastante mais, tendo em conta um plantel com tantas e tão fortes opções. O destino deste Barcelona é vencer, com o regresso à Final Four a apresentar-se quase como inevitável.
CSKA Moscovo
A grande desilusão da Final Four londrina, onde perdeu para o Olympiakos numa meia-final em que cedo perdeu todas as hipóteses de lutar pela vitória, regressa este ano com um plantel fortíssimo, onde Milos Teodosic continua a ser o homem de quem se espera uma forte capacidade de definir partidas. A Jeremy Pargo e Sonny Weems estarão entregues o que sobrar de jogo exterior, com Victor Khryapa e Nenad Krstic a funcionarem como fortes torres para o jogo interior do conjunto russo. A ter em conta a contratação do campeão europeu Kyle Hines, e da profundidade da rotação originada pelos vários internacionais que estão na equipa. Ettore Messina, um dos melhores treinadores europeus, volta a ter exigência máxima sobre as suas costas. O CSKA, este ano, não é tão forte, mas terá que dar a mesma resposta que se lhe pede sempre: jogar, até ao fim, para ganhar.
Fenerbahce Ulker
A equipa turca não conseguiu impor-se na segunda fase da Euroleague passada, mas este ano tem tudo para se configurar como uma das fortes candidatas ao título. Para começar, fez regressar aos bancos Zeljko Obradovic, o treinador que acumulou mais títulos continentais na história. O sérvio não fez por menos e, para voltar a estar no banco, formou um conjunto que promete, pelo menos, o cinco inicial mais espetacular da prova. Bo McCalleb e Bojan Bogdanovic são máquinas de fazer pontos no jogo exterior, enquanto Linas Kleiza, Nemanja Bjelica e Luka Zoric prometem uma dimensão física impressionante nas lutas debaixo da tabela. O resto do plantel oferece boas opções para uma rotação de alta qualidade, sobretudo com Omer Onan, Emir Preldzic e Oguz Savas. O Fenerbahce Ulker tentará alcançar a Final Four, no que poderia significar um verdadeiro salto na sua performance a nível internacional.
Partizan Belgrado, Budivelnik Kiev e JSF Nanterre
Três equipas para um só lugar disponível na segunda fase da prova. E são os sérvios do Partizan quem parte com mais condições para o garantir. A equipa de Belgrado volta a apresentar um plantel extremamente jovem, que no ano passado fez as delícias de quem acompanha esta prova, pelo talento e rebeldia colocada em campo. Dusko Vujosevic terá Leo Westermann, Bogdan Bogdanovic, Joffrey Lauvergne e Dejan Musli, entre outros, para voltar a fazer magia. Da Ucrânia chega o Budivelnik, que faz a sua estreia nesta prova. A equipa apresenta alguns nomes muito rodados no basquetebol europeu, como Ricky Minard, Micah Downs, Blake Ahearn ou Janis Streknieks, tendo em Darjus Lavrinovic a sua peça central para criar dificuldades aos adversários debaixo do cesto. O JSF Nanterre tentará continuar a crescer, sendo uma equipa que há apenas três anos jogava, ainda, na Pro B francesa. Depois de conquistar o título, os franceses trazem para a Euroleague jogadores como Sergii Gladyr, Trenton Meacham ou os franceses Ali Traore e Mam Jaiteh. No plantel está ainda o português Miguel Maria Cardoso, que procurará ter alguns minutos na prova.
Boas apostas!