O início do Europeu de sub-21 2017 aproxima-se a passos largos. A competição que decorre na Polónia de 16 a 30 de junho reúne 12 grandes seleções, divididas em três grupos de quatro. No grupo B, Portugal e Espanha geram grandes expetativas, sem perder de vista Sérvia, seleção que reúne vários campeões do mundo de sub-20 em 2015, na Nova Zelândia. No grupo A, a anfitriã Polónia e a Eslováquia vão tentar contrariar o favoritismo que está do lado das seleções de Inglaterra e Suécia. Por fim, no C, duas candidatas ao título – Alemanha e Itália – secundadas por Dinamarca e República Checa.
Grupo A
Decidida em defender o título de campeã da Europa conquistado em 2015, na República Checa, a seleção sueca apresenta-se em prova com uma nova linhagem de jogadores que carrega uma herança pesada. A julgar pelo trajeto na fase de qualificação – nota para o empate com a Espanha -, os eleitos por Hakan Ericson possuem argumentos suficientemente consistentes para lutarem pelo acesso às meias-finais, embora sejam “outsiders” no que à vitória final diz respeito. A lista de convocados é, naturalmente, maioritariamente composta por jogadores que ainda atuam no país de origem, mas são os “estrangeiros” Tankovic (AZ Alkmaar), Strandberg (Mechelen) e Asoro (Sunderland), todos com caraterísticas ofensivas, que suscitam maior entusiasmo.
O verão de 2017 tem sido positivo para as seleções jovens de Inglaterra. Os “three lions” celebraram a conquista do Mundial sub-20 na Coreia do Sul e também ergueram o troféu do prestigiado torneio de Toulon. A equipa eleita por Adrian Boothroyd também quer dar continuidade a esta senda de triunfos e para isso conta com vários nomes conhecidos em todos os seus setores, embora a maioria atue do meio-campo para a frente, como é natural no caso inglês. Calum Chambers (Middlesbrough), James Ward-Prowse (Southampton), Lewis Baker (Vitesse), Nathan Redmond (Southampton) e Nathaniel Chalobah (Chelsea) são alguns dos maiores destaques de uma equipa que, ainda assim, carece de um “goleador nato” no ataque.
A Polónia não vai ter tarefa fácil para contrariar as congéneres de Inglaterra e Suécia. Ainda assim, a seleção da casa orientada por Marcin Dorna conta com nomes interessantes como os de Karol Linetty, da Sampdoria, ou Bartosz Kaputska, jogador que até participou no Euro 2016 com a seleção principal. Com a responsabilidade de quem joga “em casa” e o estatuto de “outsider”, a seleção polaca assume um compromisso consigo mesma na tentativa de rubricar uma prestação digna. No plano teórico, a equipa mais frágil deste grupo A é mesmo a Eslováquia, equipa em que o principal destaque individual recai sobre László Bénes, jogador do Monchengladbach que carregará a sua nação às costas com a responsabilidade de quem é tido como o novo “Marek Hamsik”.
Grupo C
O grupo C reúne as seleções de Alemanha e Itália, duas fortes candidatas à conquista deste Euro sub-21 2017. A qualidade dos atletas que integram a convocatória alemã é invejável e e de fora ficaram jogadores da mais elevada qualidade, bastando citar casos como os de Kimmich, Brandt, Weigl, Goretzka ou Sané, quatro jogadores que vão estar na Taça das Confederações ao serviço da seleção principal. Ainda assim, Stefan Kunts tem às suas ordens jogadores com larga experiência para a idade como Tah, Gherhardt, Meyer ou Oztunali. Maximilian Philipp, reforço do Borussia Dortmund, é um dos jogadores que desperta mais atenções nesta equipa.
O Euro 2017 ainda nem sequer começou, mas já há quem diga que a Itália chega à Polónia com a melhor geração das últimas duas décadas. E não é para menos. Da baliza à frente de ataque, o seleccionador Luigi Di Bagio conta com nomes altamente mediáticos apesar da tenra idade. “Gigi” Donnarumma, Rugani, Caldara, Pellegrini, Locatelli, Cataldi, Gagliardini, Berardi, Bernardeschi ou Chiesa são apenas alguns dos nomes que têm tudo para brilhar nesta “squadra azzurra”, muitos deles com muitos minutos jogador nos principal escalão italiano. A Itália é candidata ao título.
A seleção dinamarquesa esteve em bom plano na última edição do Europeu de sub-21 ao vencer o grupo A, perdendo posteriormente nas meias-finais com a rival Suécia por quatro bolas a uma. Neste grupo A, os nórdicos voltam a enfrentar dois adversários comuns a 2015: Alemanha e República Checa. Desta feita, é pouco provável que os alemães desiludam tanto quanto há dois anos trás, ao passo que os checos continuam a apresentar argumentos idênticos, procurando impor-se mais pela componente coletiva que individual. Ainda assim, destaque para Patrik Schick, avançado que foi muito utilizado durante a última temporada na Sampdoria.
Boas Apostas!