História
Portugal estreou-se em Europeus no ano de 1984, no torneio disputado em França, onde foi eliminado, nas meias-finais, depois de ter estado a vencer no prolongamento a anfitriã França por 2-1. Mas o bis de Jordão não foi suficiente e os gauleses num golpe de sorte, deram a volta ao resultado com Domergue aos 114 e Platini aos 119 minutos a levarem a França à final do Euro’84, que acabariam por conquistar frente à Espanha.
Com uma amostra da geração de ouro que se sagrara campeã Mundial de sub-20 em 1989 e 1991, Portugal só voltaria a participar em fases finais 12 anos depois, chegando ao Euro’96 sem pressão de atingir grandes resultados. Num conjunto relativamente jovem, destacavam-se já os “estrangeiros” Figo (Barcelona), Rui Costa (Fiorentina), Paulo Sousa (Juventus) e Fernando Couto (Parma). Portugal acabaria por sucumbir nos quartos-de-final aos pés da surpresa República Checa, perdendo por 1-0 com o monumental chapéu de Karel Poborský a Vitor Baía.
Em 2000, na Europeu da Holanda e Bélgica, foram muitos os que traçaram um europeu sem história para Portugal, mas na verdade a equipa das quinas terminou a fase de grupos com 3 vitórias em 3 jogos, ficando na memória a espantosa vitória por 3-2 frente à Inglaterra, depois de já estar a perder por 0-2 aos 18 minutos. Seguiram-se as vitórias por 1-0 frente à Roménia e o não menos histórico 3-0 contra a Alemanha, com 3 golos de Sérgio Conceição. Segui-se a Turquia nos quartos-de-final e mais tarde, novamente a França voltaria a ser o carrasco de Portugal. Desta feita foi Zidane a marcar o golo de ouro, através da marca de grande penalidade, originada polémica mão de Abel Xavier.
Quatro anos mais tarde Portugal apresentava-se no europeu como País organizador e com esperanças em fazer melhor do que em 2000, e assim aconteceu. Depois de uma derrota no jogo de abertura frente à desconhecida Grécia, Luiz Felipe Scolari mudou radicalmente o onze inicial, apostando tudo nas rotinas dos jogadores do FC Porto que se havia sagrado vencedor da Liga dos Campeões naquela temporada. Depois da vitória por 2-0 frente à Rússia, Portugal entrava na derradeira ronda com a obrigação de vencer a favorita Espanha, e assim foi, com Nuno Gomes a apontar o golo da vitória que levava Portugal aos quartos-de-final depois de ter entrado mal no torneio. Com uma onda de apoio que foi crescendo a olhos vistos, a equipa das quinas enfrentou a Inglaterra, e mais uma vez o jogo com os antigos aliados ficou para a história. Depois de estar a perder até perto do fim, Hélder Postiga empatou a partida e levou o jogo para prolongamento. Já no tempo extra, Rui Costa marcou um golo de bandeira que colocava Portugal nas meias-finais, mas já perto do fim dos 120 minutos, os ingleses voltariam a marcar e o jogo foi para os penáltis. E foi nesta lotaria que se escreveu umas das mais belas histórias da nossa selecção. Já depois de Beckham e Rui Costa terem atirado para as “nuvens”, Ricardo tirou as luvas e defendeu o penálti de Darius Vassell. Se Portugal marcasse estava mas meias-finais, e para surpresa total, foi o guardião Ricardo que iria assumir a responsabilidade. Os corações dos portugueses quase parados e Ricardo atira……Golo! Portugal estava nas meias-finais do Euro 2004. A um passo da inédita presença numa final, Portugal teve pela frente a Holanda de Overmars e Edgar Davids que levou de vencida por 2-0 com mais um golo memorável, da autoria de Maniche. A selecção das quinas estava pela primeira vez na sua história, na final de uma competição internacional. Para surpresa total, a final seria a reedição do jogo de abertura, frente à Grécia, que deixara de ser desconhecida e passara a ser a grande surpresa do torneio. Apesar da derrota no jogo inaugural, não passava pela cabeça de ninguém que Portugal voltasse a perder frente aos gregos. Mas foi o que aconteceu, e o Euro 2004 acabou como começou, com a Grécia a derrotar Portugal e a conquistar o seu primeiro título europeu. A geração de ouro via escapar a derradeira oportunidade de vencer uma grande competição internacional.
Em 2008 na Áustria e na Suíça, a selecção Nacional, chegava como vice-campeã europeia e com expectativas de redimir-se do título falhado em casa quatro anos antes, mas tal não aconteceu. Afectados pelo anúncio, durante o torneio, da saída do timoneiro Scolari, Portugal seria eliminado pela poderosa Alemanha nos quartos-de-final.
Como chegou ao Euro
Mergulhado numa crise técnico-directiva, depois do fracasso no Mundial 2010 na África do Sul, Portugal entrou com o pé esquerdo na fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2012. Inserida no Grupo H de qualificação, a equipa das quinas conquistou apenas 1 ponto nas duas primeiras jornadas, consequência do inacreditável empate em casa 4-4 frente à modesta equipa do Chipre, e da derrota por 1-0 em Oslo, contra a Noruega. Restavam 6 jogos e Portugal estava seriamente em risco de não conseguir a qualificação para uma competição internacional, algo que já não acontecia desde 1998.
Resolvidas as questões internas, saiu Carlos Queiroz e entrou Paulo Bento, e foi com o antigo internacional que a selecção Nacional voltou ao caminho certo garantindo 5 vitórias nos últimos 6 jogos, ficando apurada para o play-off de acesso ao Euro’2012, frente à Bósnia e Herzegovina. Depois do nulo registado na primeira-mão na Bósnia, a selecção das quinas “atropelou” os bósnios em casa por 6-2 e garantiu presença na Polónia e na Ucrânia este Verão.
Onde podem chegar no Euro
Não tenhamos a menor dúvida que estamos inserido no grupo mais complicado desta competição. Ainda assim, somos da opinião que melhor não poderia ter sucedido a Portugal. Não haverá pressão sobre os jogadores e Portugal gosta de altos desafios pois é aí que mais tem brilhado. Com Cristiano Ronaldo, Nani, Pepe e outro não se pode pensar que Portugal não será capaz de bater a Alemanha e Holanda. Passando a fase de grupos saiam da frente, pois será muito difícil parar esta seleção de estrelas!
Treinador
Paulo Bento – Enquanto jogador ocupava a posição de médio defensivo. Começou nas escolas do Palmelense, seguindo a carreira profissional no SL Benfica. Jogou ainda pelo Estrela da Amadora, Vitória de Guimarães, Oviedo e por fim Sporting, onde encerrou a carreira futebolística aos 34 anos. Depois de anunciar o fim da carreira num comunicado emotivo, tornou-se treinador da equipa Júnior do Sporting Clube de Portugal. Nessa mesma época conquistou o Campeonato Nacional de Juniores, trabalhando com uma equipa com grande potencial. Depois do despedimento de José Peseiro após o fiasco do mesmo nas competições europeias foi chamado a treinar a equipa sénior do Sporting Clube de Portugal. Foi 35 vezes internacional por Portugal, estreou-se com a camisola da Selecção, no empate 0-0 contra a Espanha, e finalizou a sua carreira internacional no infeliz 0-1 contra Coreia do Sul, que ditou o afastamento de Portugal do Campeonato do Mundo de 2002 ainda na fase de grupos da competição.
Aos 41 anos, foi designado como novo Seleccionador Nacional, com o contrato previsto para terminar em 2012 (renovado entretanto). Estreou-se na Selecção com uma vitória por 3-1 (golos de Nani e C. Ronaldo) contra a Dinamarca no Estádio do Dragão num jogo de Apuramento para o Europeu 2012. Depois disso já levou Portugal ao Euro 2012 após ultrapassar a Bósnia no playoff e já comandou Portugal a uma vitória histórica frente a Espanha, campeã do mundo, por uns expressivos e inimagináveis 4-0, no estádio da Luz, em Lisboa.
Prováveis convocados
Nota: Carlos Martins lesionou-se a 23 de Maio 2012, e foi substituído por Hugo Viana (26 Internacionalizações – SC Braga) nos convocados de Paulo Bento.
Onze provável
Guarda-Redes – Ruí Patrício
Defesas – F. Coentrão, Pepe, B. Alves, J. Pereira
Médios – R. Meireles, J. Moutinho, M. Veloso
Avançados – Nani, H. Postiga e Cristiano Ronaldo
Estrelas
Numa selecção onde Cristiano Ronaldo é a grande figura, Portugal tem no seu ADN um estilo de jogo colectivo, aliando uma grande capacidade técnica dos seus jogadores com uma boa organização táctica. Paulo Bento vai levar ao Euro’2012 sete estreantes em grandes competições. sendo Nelson Oliveira (20 anos) o mais novo e Ricardo Costa (31 anos) o mais velho. Relativamente a internacionalizações, Cristiano Ronaldo é o jogador com mais “bagagem”, somando 88 jogos e 32 golos na selecção, nesta que já é a 5ª fase final no seu currículo, 3ª em Europeus. Ao todo, são 17 jogos em fases finais de grandes competições (2004, 2006, 2008 e 2010), tendo marcado em todas elas. Temos a sorte e o previlégio de contar com um dos melhores jogadores do Mundo como capitão e não podemos desprezar esse facto. Aos 27 anos, Ronaldo está no seu pico de forma e já atingiu a maturidade que os mais críticos desconfiavam que viesse a possuir. Ronaldo já aprendeu a não suportar tanto peso e responsabilidade em cima das suas costas e joga cada vez mais para a equipa. Porém, e para bem de Portugal esperemos que não abdique em demasia das suas qualidades individuais! Se continuar a fazer o que tem feito esta temporada continuará a surpreender tudo e todos.
Equipamentos
Fase de Grupos
09/06 – 19:45 Alemanha – Portugal
13/06 – 19:45 Dinamarca – Portugal
17/06 – 19:45 Portugal – Holanda
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Boas Apostas!