Estoril – Cova da Piedade (Taça de Portugal)
Na 4ª ronda eliminatória da Taça de Portugal, começam a definir-se quais as ambições de cada equipa da Liga NOS nesta prova que, para alguns, pouco terá de secundária, enquanto para aqueles que, de divisões inferiores, se vão mantendo na prova, também se mede a capacidade para acreditar chegar mais longe, para poder vestir a pele do resistente que irá sobreviver entre os tubarões. Se para o Estoril, consciente de que a manutenção poderá fazer mais diferença, a Taça surge como uma prova de interesse mais limitado, para o Cova da Piedade, tranquilo na Segunda Liga e a jogar no terreno de uma equipa que, sendo superior, não assusta, entra-se em campo com o objetivo de fazer história.
O Estoril vai encontrando algum conforto na Liga NOS, tendo subido para o 12º lugar depois de ter batido o Tondela no último jogo disputado, antes da pausa internacional. A equipa de Fabiano Soares esteve dois jogos sem vencer no campeonato, perdendo para o Vitória de Guimarães, em casa, e empatando no terreno do Boavista, sendo que pelo meio perdeu em Moreira de Cónegos em partida da Taça da Liga. O foco está, por inteiro, no campeonato, onde a manutenção é praticamente dado obrigatório perante o projeto do clube, que para lá do desportivo, se financia com a constante venda de jogadores. Esta temporada, a aposta de risco incluiu a chegada de vários jovens que têm demorado para encontrar a melhor forma de vencer na Liga NOS, pelo que, com o lado comercial em baixa perspetiva, sobrará para o lado desportivo o aumento das dificuldades. Espera-se que o técnico faça algumas alterações para este jogo que, no entanto, não deixa adivinhar grandes facilidades para os canarinhos.
Onze Provável: Luís Ribeiro – Mano, João Afonso, Diakhité, Aílton – Afonso Taira, Yarchuk, Eduardo – Mattheus Índio, Bruno Gomes, Gustavo Tocatins.
O Cova da Piedade subiu este ano à Segunda Liga e continua a surpreender, ocupando agora o terceiro lugar e lutando, ombro a ombro, com os grandes favoritos à subida para a Liga NOS. Esse parece ser, no entanto, um objetivo muito distante para Sérgio Boris, que terá como principal rumo garantir, o mais cedo possível, a manutenção neste escalão. Ainda assim, a tranquilidade no campeonato vai permitindo que os jogadores do Cova da Piedade abordem as outras competições com maior à-vontade. Na Taça da Liga foram afastados pelo Arouca, com uma derrota pela margem mínima, sendo que esse jogo lhes terá permitido algumas lições sobre como abordar o encontro frente ao Estoril. Nos últimos dois jogos venceram o Porto B e o Fafe. No António Coimbra da Mota irão, com certeza, apresentar a sua defesa de linhas muito chegadas, com a reconhecida capacidade de se soltar quando têm a bola. Será mais expetável ver a equipa atacar através de transições rápidas, criando, desse modo, dificuldades a um Estoril que está mais confortável quando o seu adversário tem a bola. Dieguinho, que no ano passado atuava com a camisola dos canarinhos, é elemento em dúvida para este encontro.
Onze Provável: Pedro Alves – Godinho, Miguel Ângelo, Bruno Bernardo, Evaldo – Robson, Marco Bicho, William Soares – Rui Varela, Christian Irobiso, Ricardo Barros.
As duas equipas só se defrontaram na antiga Segunda Divisão, tendo disputado o último frente-a-frente na época de 1987/88. Nesse ano, para lá de terem ambas disputado a Zona Sul da Segunda Divisão – o Cova da Piedade acabou despromovido -, também se cruzaram em jogo da Taça de Portugal.
O favoritismo pende para a equipa da casa, de uma divisão superior, mas não deixará de haver a possibilidade de o Cova da Piedade criar dificuldades ao seu adversário.
