Estados Unidos – Colômbia (Copa América)
Reedição do encontro inaugural da edição centenária da Copa América. Estados Unidos e Colômbia voltam a medir forças, desta feita na luta por um lugar no pódio. A formação da casa, afastada pela Argentina nas meias-finais, procura alcançar um terceiro lugar que seria histórico. Já a seleção colombiana quer amenizar estragos, depois de ter falhado o acesso à final no confronto com o Chile.
Em solo norte-americano, a seleção dos Estados Unidos quer encerrar a participação na edição centenária da Copa América com chave de ouro, vingando o desaire inaugural consentindo precisamente diante da Colômbia. Na fase de grupos, os “Cafeteros” foram a única equipa capaz de derrotar a formação norte-americana, que nas duas jornadas seguintes conseguiu impor-se frente à Costa Rica (4-0) e ao Praguai (1-0). Nos quartos-de-final, venceu o Equador por duas bolas a uma, mas o sonho de marcar presença na final foi travado na meia-final com a Argentina, altura em que ficaram expostas todas as fragilidades do conjunto orientado por Klinsmann. Em alta rotação, os argentinos entraram em grande estilo, colocaram-se na dianteira do marcador desde cedo e banalizaram o adversário durante praticamente toda a partida. Com um conjunto interessante apesar das debilidades do ponto de vista estrutural, a seleção dos Estados Unidos realizou uma prova interessante, provando que há potencial para continuar numa trajetória de crescimento sustentado. A posição de Klinsmann poderá ficar em risco depois da participação nesta edição da Copa América, encerrando-se mais um ciclo neste crescimento que se quer para a formação dos Estados Unidos.
Onze Provável: Brad Guzan, Matt Besler, John Brooks, Geoff Cameron, Fabian Johnson, Jermaine Jones, Clint Dempsey, Michael Bradley, Alejandro Bedoya, Gyasi Zardes, Bobby Wood
A Colômbia rubricou um percurso em diminuendo. Entrou com tudo ao derrotar os Estados Unidos por duas bolas a zero, venceu o Paraguai na segunda jornada (2-1) e encerrou a fase de grupos com uma derrota frente à Costa Rica (2-3), numa fase que já era de descompressão após garantir o apuramento. Nos quartos-de-final, frente ao Perú, participou naquele que foi um dos jogos mais entediantes nesta edição da Copa América, disputado num ritmo algo lento, em que nenhuma das duas equipas esteve particularmente inspirada. Após um nulo no tempo regulamentar, a decisão foi remetida para as grandes penalidades e a Colômbia venceu (2-4). Na meia-final, a Colômbia mediu forças com o Chile altamente motivado após uma goleada com contornos históricos diante do México (0-7). Mais uma vez, os colombianos estiveram a um nível modesto, sofreram dois golos na etapa inicial do encontro e não houve inspiração para responder, numa partida em que faltou dinâmica e capacidade individual ao ataque. As equipas recolheram às cabines com o resultado favorável ao Chile (0-2), numa altura em que uma tempestade assolou Chicago e levou ao adiamento do início da segunda parte, situação que prolongou consideravelmente o intervalo e desvirtuou um pouco a realidade do encontro. A Colômbia não soube reagir nos segundos 45 minutos e terminou eliminada, com uma última oportunidade para deixar uma boa imagem na decisão do 3º e 4º lugares do torneio.
Onze Provável: David Ospina, Arias, Mina, Murillo, Fabra, Pérez, Daniel Torres, Cuadrado, Marlos Moreno, James Rodríguez, Bacca
O factor casa aumenta a responsabilidade da seleção norte-americana, apostada em conquistar um digno 3º lugar para continuar a dinamizar o “soccer” no país. Para a Colômbia, seleção que tinha por objetivo chegar à final, alcançar o terceiro lugar não é mais que um prémio de consolação. O encontro que as duas já disputaram entre si nesta Copa América é suficientemente elucidativo quanto à diferença em termos competitivos e qualitativos, favorável à equipa colombiana. Não obstante, se os comandados de Pekerman estiverem ao mesmo nível que nas últimas duas partidas, poderão ter um dissabor neste adeus à Copa América.