Estados Unidos – Argentina (Copa América 2016)
Os Estados Unidos, país organizador desta edição especial da Copa América, que festeja o seu centenário saindo do seu território vital, foi a equipa que se conseguiu intrometer nas meias-finais onde vão estar as três equipas mais interessantes da América do Sul. Argentina, grande favorita a conquistar a prova, Chile e Colômbia. O fator casa contará pouco, num encontro em que os norte-americanos vão enfrentar o seu sonho e medir-se perante uma das mais fortes seleções do mundo. Estarão preparados para o desafio?
A entrada da equipa dos Estados Unidos neste Copa América foi feita com o pé esquerdo, com uma derrota inapelável perante a Colômbia. Esse resultado expôs os homens de Jurgen Klinsmann e o próprio treinador perante uma possibilidade de falhanço que soava terrível para quem recebia uma prova desta dimensão. É que os Estados Unidos têm trabalhado para crescer e se juntarem às melhores equipas do mundo, pelo que esta é uma oportunidade de demonstrar que o podem fazer, mesmo que, por vezes, perante equipas mais frágeis, não consigam o mesmo tipo de rendimento sem dúvidas. Depois da derrota inicial, uma série de vitórias trouxe os Estados Unidos até esta meia-final. Começou com uma goleada por 4-0 perante a Costa Rica e seguiu-se com vitórias pela margem mínima perante o Paraguai e o Equador. Grande problema, no entanto, que no último encontro três jogadores tenham tido ações que os levam a falhar o jogo perante os argentinos. Jermaine Jones foi expulso, enquanto Bedoya e Bobby Wood viram um amarelo que os leva a falhar o jogo por acumulação.
Onze Provável: Guzan – D. Yedlin, Cameron, Brooks, Besler – G. Zusi, M. Bradley, K. Beckerman, F. Johnson – G. Zardes, C. Dempsey.
A Argentina vai passeando classe nesta prova, não encontrando problemas com nenhum adversário, nem se perturbando com o facto de Messi nem sempre ter estado totalmente disponível para jogar os noventa minutos. O nível do grupo às ordens de Gerardo Martino é tal que se pode dar ao luxo de ir rodando as suas estrelas, deixando o banco bem preenchido por elas, mantendo sempre um ritmo muito alto e ultrapassando dificuldades. Depois de uma fase de grupos em que bateu o Chile, o Panamá e a Bolívia, marcando dez golos e sofrendo apenas um, nos quartos-de-final voltou a golear, desta vez a Venezuela, por esclarecedores 4-1. Chegando às meias-finais, o conjunto argentino terá pela frente um adversário que não superará, em valia, o Chile, mas que lhe coloca problemas diferentes. É um conjunto mais físico, que olha para este jogo como um dos grandes jogos da sua vida. E isso, apenas isso, poderá criar-lhes algumas dificuldades em termos dos duelos no meio-campo. De qualquer maneira, o controlo de jogo ofensivo de Messi e companhia deverá ser mais do que suficiente para garantir mais uma vitória.
Onze Provável: Romero – Mercado, Otamendi, R. Funes Mori, M. Rojo – A. Fernandez, J. Mascherano, E. Banega – L. Messi, Higuaín, Gaitán.
Os Estados Unidos já venceram a Argentina por duas vezes, em 1995, na Copa América, jogo que tem sido muito recordado na antevisão desta partida, e também em 1999, em jogo amigável.
Mas o normal e expectável é que a Argentina venha a conseguir uma vitória frente aos homens da casa, seguindo para a final da Copa América que tem escapado a Messi.