Com o Mundial à porta, é altura de nos familiarizarmos com a geografia e os recintos que irão servir de palco aos jogos. Doze estádios espalhados por onze cidades, entre estruturas criadas de raiz e reconstruções para cumprir os requisitos da FIFA. No centro está Moscovo, onde se jogará o jogo de abertura e a final. São Petersburgo no extremo norte, o Estádio Olímpico de Sochi a sul, Kaliningrado, enclave entre a Polónia e Lituânia, a ocidente e Ecaterimburgo, junto aos Urais, a Este, marcam os limites do imenso território da Federação Russa envolvidos nesta também gigantesca operação de charme que é organizar o Campeonato do Mundo de Futebol.
Estádio Luzhniki
Será inevitável começar pelo recinto onde se darão o pontapé de saída e a atribuição do título. O Estádio Luzhniki, na capital russa, é a casa da seleção anfitriã e é nele que se vai disputar o primeiro jogo deste Mundial 2018, Rússia – Arábia Saudita, no dia catorze de junho, pelas 16 horas de Portugal continental.
A versão inicial deste estádio foi inaugurada em 1955, já serviu de base aos Jogos Olímpicos de 80 e agora está equipado para albergar oitenta mil espectadores, a arena com maior capacidade deste Campeonato do Mundo.
Portugal joga lá com Marrocos, no dia 20, e esperemos que repita presença a 15 de julho.
Estádio Spartak
Moscovo é a única cidade a contribuir com dois estádios. A casa nova do Spartak começou a ser construída em 2007 e foi inaugurada em 2014, já com este duplo propósito em mente. Tem capacidade para quarenta e cinco mil pessoas e a sua imagem de marca é a gigantesca estátua de Spartacus, o mítico gladiador, que tem à porta. Vai receber cinco jogos, entre os quais um Argentina – Islândia, Sérvia – Brasil e ainda uma das partidas dos oitavos de final.
Estádio Olímpico de Fisht
Agora seguimos o mapa, se sul para norte. A arena de Sochi foi construída para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 e desde então já recebeu jogos de preparação e a Taça das Confederações, no ano passado. Será um dos recintos mais testados deste Mundial e um dos que já melhor conhecemos. Foram feitas pequenas obras de melhoramento para aumentar a capacidade temporária para os quarenta e oito mil lugares.
Será nesta estância balnear do Mar Negro que Portugal terá o seu primeiro desafio, frente à Espanha, a 15 de junho.
Arena Rostov
Este estádio só foi estreado em Abril passado e pode albergar pouco mais de quarenta e cinco mil lugares. Estava prevista uma cobertura espampanante, ideia essa que dado o atraso das obras e os custos inerentes acabou por ser abandonada. O Rostov FC passará a ser a equipa residente do espaço, assim que termine o Mundial.
Estão planeados cinco encontros para Rostov-on-Don, o primeiro dos quais assinala a estreia da seleção Canarinha na competição, frente à Suíça.
Arena Volvogrado
Será a nova casa do FC Rotor, da segunda liga russa. O velhinho Central deu lugar a um estádio com ar leve e arrojado, que no final da competição reduzirá a sua capacidade de quarenta e cinco para dez mil lugares.
A Túnisia recebe a Inglaterra para abrir as hostilidades, a 18 de junho, e quatro dias depois haverá aqui lugar a um Nigéria – Islândia.
Cosmos Arena
O estádio de Samara foi o último a ficar pronto para o Campeonato do Mundo e obedece ao tema da exploração aeroespacial, indústria que domina a região, daí o nome com que foi batizado. Apesar dos atrasos na construção, este será um dos estádios visualmente mais impactantes e para onde estão previstos jogos dos oitavos e quartos de final. Costa Rica – Sérvia e Uruguai – Rússia são as partidas mais prometedoras da fase de grupos a ter aqui lugar.
Arena Mordovia
Em Saransk gastaram-se trezentos milhões de dólares para construir de raiz este Arena Mordovia, que passará a albergar o clube local, atualmente no terceiro escalão. Com um exterior laranja e branco, este estádio destaca-se da paisagem. A seleção das Quinas defrontará lá o Irão, de Carlos Queiroz, a 25 de junho.
Estádio Kaliningrado
O recinto construído de raiz no enclave de Kaliningrado limita-se a cumprir os trinta e cinco mil lugares exigidos pela FIFA para albergar jogos do Mundial. No final da competição será o Estádio do Báltica, pelo que se auguram bancadas muito vazias. Vai ser palco do Inglaterra – Bélgica, um jogo potencialmente decisivo para a liderança do grupo G.
Arena Kazan
O Rubin Kazan aproveitou o Campeonato do Mundo para arranjar casa nova, contratando para a desenhar o arquiteto que assinou o novo Wembley e o Emirates. No exterior foi instalado o maior ecrã de alta definição do mundo, sendo quase impossível que os olhos se fixem nele na aproximação. Os Polacos enfrentam os colombianos por lá.
Estádio Nijni Novgorod
A quatrocentos quilómetros, este estádio novinho em folha vai ser utilizado em seis partidas do Mundial. Na fase de grupos o destaque vai para um promissor Argentina – Croácia mas haverá também jogos dos oitavos e quartos de final.
Arena Ecaterimburgo
O estádio mais a oriente vai receber apenas quatro partidas da fase de grupos, onde se destaca o Egipto – Uruguai. A maior curiosidade é que a Arena tem uma bancada provisória, destacada do edifício principal, que será desmantelada assim que termine a competição, cuja inclinação acentuada está a causar sensação.
Estádio São Petersburgo
Vão ser seis os jogos em São Petersburgo. Para além da fase inicial, em que se sobressai um Nigéria – Argentina, a fechar o grupo D, haverá ainda um encontro dos oitavos, uma semifinal e o jogo para decidir o terceiro lugar.
Com capacidade para quase sessenta e cinco mil pessoas, este estádio já foi palco de uma grande final. Foi nele que a Alemanha conquistou a última Taça das Confederações.
Boas Apostas!