A partir desta semana, quinta e sexta-feira são dias reservados para a Euroleague, onde o melhor basquetebol da Europa é disputado. Depois de, no ano passado, o Real Madrid ter conquistado o título mais desejado, a tarefa da equipa merengue está, agora, bem mais exigente. Com o crescer dos potenciais candidatos na Turquia e na Rússia, veremos uma prova cada vez mais equilibrada – onde há mais dinheiro, haverá, também, melhores jogadores – e onde o papel dos treinadores é ainda muito valorizado perante o, até agora habitual, domínio das melhores equipas perante aquelas que têm “apenas” os melhores jogadores.
Grupo A
Campeão em título, o Real Madrid reforma parte da sua equipa com a chegada de Trey Thompkins, Jeffery Taylor e Guillermo Hernangomez, apresentando opções mais conformes às ideias de Pablo Laso. No entanto, não será de espantar um ano em que a fatura do esforço da temporada passada surja por pagar. Pela frente, um Fenerbahce que aposta tudo em colocar nas mãos de Zeljko Obradovic uma equipa fortíssima. Chegam Luigi Datome, Pero Antic, Ekpe Udoh, Bobby Dixon, Konstantinos Sloukas e Nikola Kalinic para se juntarem a Jan Vesely, Ricky Hickman e Bogdan Bogdanovic para fazer um plantel onde sobra talento.
A equipa do Khimki prova a superação da barreira entre Eurocup e Euroleague fortalecendo o seu plantel com Alexey Shved e Marko Todorovic, com o técnico Rimas Kurtinaitis a ter armas para discutir com as melhores equipas. Na corrida por uma posição no Top 16, o Bayern Munique partirá ligeiramente favorito, com uma equipa muito trabalhada por Svetislav Pesic, mas os reforços do Crvena Zvezda com a experiência de Gal Mekel, Ryan Thompson e Sofoklis Schortsanitis poderão ajudar a baralhar as contas. A equipa do Strasbourg, com uma rotação mais limitada, apesar de ter um cinco interessante, só num quadro de surpresa poderá sonhar com a continuidade na prova.
Grupo B
Dusan Ivkovic vê o Anadolu Efes ainda mais reforçado, conseguindo juntar a Thomas Heurtel, Cedi Osman, Dario Saric e Nenad Krstic jogadores como Jayson Granger, Bryant Dunston ou Alex Tyus. O ataque dos conjuntos turcos à presença na Final Four passará, também, pelo crescimento competitivo de um conjunto que, algumas vezes, ficou muito aquém, no campo, daquilo que prometeu no papel. Para o Olympiakos, o teste à capacidade de Vassilis Spanoulis de continuar a apresentar-se ao mesmo nível poderá ser o sinónimo daquilo que a equipa conseguirá fazer. Daniel Hackett e Patric Young são reforços à altura das maiores ambições.
O EA7 Milano conseguiu juntar Alessandro Gentile e Krunoslav Simon para ter a dupla mais imparável da competição. Conseguir utilizar essas forças a favor da equipa é o desafio de Jasmin Repesa. O Laboral Kutxa também promete regressar aos seus melhores tempos, com Velimir Perasovic a receber reforços fortíssimos como Ioannis Bourousis, Jaka Blazic ou Alberto Corbacho (a chegar ao alto nível aos 31 anos) e a entrar nas contas pelo apuramento. Cedevita e Limoges trazem algum perfume da tradição com nomes bem conhecidos do nosso imaginário, mas terão muitas dificuldades para serem competitivos perante a concorrência.
Grupo C
Talvez o grupo com candidatos mais fortes nesta primeira fase. O FC Barcelona já deu claros sinais de estar mais forte, com Carlos Arroyo, Stratos Perperoglou e Pau RIbas a permitirem maiores opções na rotação de Xavi Pascual que deverá voltar a demonstrar a sua qualidade de orientação. Enormes expetativas também para entender se o Panathinaikos cresce com a chegada de Aleksander Djordjevic, que poderá contar com Nick Calathes, James Feldeine, Ognjen Kuzmic e Miroslav Raduljica para fortalecer um plantel com várias referências fundamentais, como Dimitris Diamantidis e Antonis Fotsis.
Já o Lokomotiv Kuban muda um pouco de face, abrindo espaço para a chegada de Dontaye Draper, Chris Singleton, Victor Claver e Kyrylo Fesenko. A eles junta-se ainda o experiente Sergey Bykov, num conjunto que oferecerá imensa resistência aos favoritos. A estreia do Pinar Karsiyaka é também bastante esperada, com o jovem Kenan Sipahi a liderar um conjunto em busca de experiência, mas capaz de entrar na discussão pelas vitórias. Curiosidade para ver quanto valerá o Zalgiris Vilnius, que tem de volta Mantas Kalnietis e Renaldas Seibutis, enquanto o Stelmet Zielona Gora joga na surpresa (e na total afirmação de Mateusz Ponitka como jogador de classe europeia).
Grupo D
Grupo de pesos pesados, com o CSKA Moscovo a fazer contratações de pormenor, com a chegada de Joel Freeland e Dmitry Kulagin para reforçar um plantel que terá muita da identidade trabalhada no último ano. Para o confronto clássico da Euroleague (nesta primeira jornada será o 37º entre ambos), o Maccabi Tel Aviv também apresenta várias novidades. Jordan Farmar e Taylor Rochestie farão uma dupla fortíssima no jogo exterior, enquanto o regresso de Vitor Faverani promete dar outra mobilidade ao jogo interior dos israelitas.
Não se iludam pelo desconhecimento do nome Darussafaka Dogus. A equipa de Istambul apresenta um plantel cheio de estrelas onde podemos encontrar Reggie Redding, Marcus Slaughter, Milko Bjelica, Jamon Lukas Gordon, Luke Harangody, Ogus Savas e Semih Erden. Com todo este potencial, arrisca-se a entrar na luta pelos primeiros lugares. Com menor orçamento, mas fantástica orientação técnica de Joan Plaza, o Unicaja Málaga também não pode ser excluído da ambição de se apurar. O plantel tem a experiência de Edwin Jackson e Stefan Markovic, para além de apostar também nas qualidades de Dani Diez e Nemanja Nedovic. O Banco di Sardegna Sassari (com Jarvis Varnado) e o Brose Baskets (com Nikos Zisis) correm por fora em busca da surpresa.