Espanha- Costa Rica (Mundial Feminino)
As seleções de Espanha e Costa Rica dão o pontapé de saída no Grupo C deste Mundial 2023 com um “mano a mano” em Wellington, na Nova Zelândia.
Análise Espanha
A seleção espanhola prepara-se para participar na fase final de um Mundial feminino pela terceira vez na sua história e apresenta-se na Oceânia com um estatuto respeitável, pese embora o facto de o último ano ter ficado marcado por uma grande polémica. Após a participação no Euro 2022, disputado em Inglaterra, várias jogadoras espanholas vieram a público insurgir-se contra o selecionador Jorge Vilda bem como contra a federação espanhola, entidade à qual exigiram mudanças.
Jorge Vilda permaneceu ao leme da seleção, a federação não cedeu e, durante um largo período, foram várias as jogadoras que deixaram de fazer parte dos planos da seleção. No entanto, com o Mundial no horizonte, houve lugar a diálogo entre todas as partes envolvidas e algumas jogadoras voltaram a integrar os planos de Jorge Vidal, entre as quais Aitana Bonamtó, Ona Battle ou Mariona Caldentey, atletas do Barcelona. Por outro lado, Patri Guijarro e Mapi León, também elas jogadoras do Barça, mantiveram as respetivas posições e não integram a convocatória espanhola para a competição.
É certo que as ausências retiram algum poderio à equipa, mas a seleção espanhola não deixa de ser uma forte candidata a chegar longe, perspetivando-se que imponha o seu estilo habitual, privilegiando a posse, como é apanágio. Para chegar longe, “La Roja” confia em Alexia Putellas, bola de ouro que nos últimos largos meses esteve ausente devido a lesão, falhando inclusive o Euro 2022, mas que em junho, num amigável frente ao Panamá (7-0), já deixou a sua marca.
Onze provável: Misa, Batlle, Codina, Ivana, Carmona, Bonmati, Abelleira, Putellas, Paralluelo, Caldentey, Hermoso
Análise Costa Rica
As “Ticas” são lideradas por Amelia Valverde, atual selecionadora que já integrava a equipa técnica da seleção em 2015, aquando da última participação na fase final do Mundial. A crítica escreve que as costarriquenhas apresentam hoje uma lista de eleitas mais capacitada que a que se apresentou em prova em 2015, algo perfeitamente natural considerando a evolução positiva do futebol feminino no país. A não convocatória da ex-capitã Shirley Cruz (entretanto retirada do futebol) gerou alguma controvérsia. Na ausência de Cruz, é Raquel Rodríguez quem passa para primeiro plano, jogadora que já representou a Costa Rica em mais de 100 ocasiões e que é a melhor marcadora da história da seleção com 55 golos.
Frente à poderá Espanha, a Costa Rica adotará uma postura mais reativa e esperará pela sua oportunidade para tentar “agredir” a adversária em transição.
Onze provável: Solera, Guillen, Benavides, Villalobos, Del Campo, G Villalobos, Alvarado, Rodriguez, Granados, Chinchilla, Herrera
Dica de Prognóstico
O favoritismo da seleção espanhola é total. Enquanto a formação europeia se apresenta como principal candidata a vencer o Grupo C, a Costa Rica parece ser, de entre as quatro seleções a concurso, a que menos argumentos apresenta para poder lutar pelo acesso à fase seguinte.
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