Espanha – Costa do Marfim (Jogos Olímpicos)
Espanha e Costa do Marfim são as duas primeiras seleções a entrar em campo nos quartos de final do Torneio Olímpico de Futebol. Europeus e africanos vão estar frente a frente no estádio Miyagi.
Análise Espanha
Os oito finalistas do Torneio Olímpico de Futebol estão definidos e a seleção espanhola perfila-se como uma das duas principais candidatas à conquista da medalha de ouro. De La Fuente tem um invejável lote de atletas sob sua alçada e só uma grande surpresa poderá impedir a “La Roja” de – já que mais não seja – terminar medalhada. Até a uma pretensa subida ao pódio, ainda há muito caminho para trilhar e a formação espanhola terá que levar de vencida a congénere da Costa do Marfim, uma das surpresas do Torneio.
A seleção espanhola cumpriu com o que lhe competia na primeira fase ao confirmar o respetivo favoritismo e vencer o Grupo C com cinco pontos conquistados em três desafios, mais um que as congéneres do Egito e da Argentina e mais dois que a Austrália. Os espanhóis estrearam-se com um empate sem golos frente aos “Faraós”, bateram os “Socceroos” por uma bola a zero na segunda jornada e encerraram a participação na primeira fase com uma igualdade diante da “Albiceleste”. Nos três jogos, esta seleção olímpica repleta de talento dominou em praticamente todos os momentos, perspetivando-se que rubrique mais uma prestação nessa linha diante da Costa do Marfim. A candidatura espanhola ao ouro é séria e isso é um dado adquirido de há algum tempo a esta parte, percetível desde logo pelas unidades convocadas, muitas delas presentes nas escolhas de Luis Enrique para o Euro 2020.
Onze provável: Unai Simón, Cucurella, Torres, Garcia, Gil, Pedri, Zubimendi, Merino, Olmo, Oyarzabal, Asensio
Análise Costa do Marfim
O Torneio Olímpico de futebol costuma ser profícuo em surpresas e o de Tóquio não tem fugido à regra. A Costa do Marfim protagonizou uma delas ao superar a fase de grupos, deixando para trás a Alemanha, uma das nações que era tida como candidata à conquista de uma medalha. Numa convocatória que conta com os “portugueses” Nicolas Tié (Vitória SC), Zié Ouattara (Vitória SC) e Koffi Kouao (FC Vizela), destaque para a presença de Eric Bailly, defesa central do Manchesyer United, Franck Kessié, médio do AC Milan e Max Gradel, experiente avançado que está hoje ao serviço do Sivasspor.
A Costa do Marfim chega a esta fase a eliminar ainda invicta, dado digno de registo se tivernos em conta que partilhou o grupo com duas seleções que eram (e uma delas continua a ser) candidatas as medalhas. “Começando pelo princípio”, passo a redundância, a seleção marfinense bateu a Arábia Saudita na primeira jornada, levando a melhor por duas bolas a uma e confirmando o ligeiro favoritismo que ostentava à entrada para o encontro. Já na segunda ronda, frente à atual nação campeã olímpica, a Costa do Marfim empatou sem golos, beneficiando do facto de Douglas Luiz ter deixado o Brasil reduzido a dez unidades logo aos 14 minutos. Na derriadeira jornada, com a Alemanha ciente da necessidade de vencer para chegar à fase a eliminar, a Costa do Marfim soube aguentar o maior ascendente alemão e empatou a um golo.
Agora, os marfinenses preparam-se para um encontro com caraterísticas idênticas ao que discutiram com os alemães, perspetivando-se no entanto que a equipa espanhola, superior à alemã do ponto de vista individual, faça a gestão da posse com maior qualidade e apareça mais vezes com perigo “na cara” de Tape Ira, guarda-redes que à partida assumirá a titularidade.
Onze provável: Tape, Diallo, Dabila, Bailly, Singo, Keita, Kouassi, Gradel, Kessié, Kouamé, Dao
Dica de Prognóstico
O favoritismo está naturalmente do lado da equipa espanhola, mas a Costa do Marfim não tem nada a perder, já travou duas candidatas às medalhas e estamos certos de que vai oferecer boa resistência à “La Roja”. Ainda assim, a superior qualidade espanhola deverá acabar por fazer a diferença.