Espanha – Argentina (Jogos Olímpicos)
A terceira e última jornada da fase de grupos do Torneio Olímpico de futebol opõe as congéneres de Espanha e Argentina, integradas no Grupo C. Os espanhóis são líderes, ao passo que os argentinos terão que fazer pela vida, dado que um ponto pode não ser suficiente avançar.
Análise Espanha
Atendendo à qualidade que reúne nas suas fileiras, a seleção espanhola é obrigatoriamente considerada uma das mais fortes candidatas à conquista de uma medalha nesta edição dos Jogos Olímpicos. O selecionador Luis De La Fuente não “poupou” nos convocados e convocou inclusive alguns atletas que este verão disputaram o Campeonato da Europa, entre os quais Unai Simón, Pau Torres, Eric García, Pedri, Dani Olmo ou Oyarzabal, sem esquecer as qualidades de jogadores como Merino, Ceballos, Cucurella ou Bryan Gil, este último, recentemente transferido do Sevilha para o Tottenham numa troca que envolveu inclusive Erik Lamela.
Ao cabo de duas jornadas no Grupo C, a seleção espanhola lidera com quatro pontos, apenas um golo marcado e nenhum sofrido. Na ronda inaugural da competição, os espanhóis dominaram o duelo com o Egito por completo mas não foram capazes de materializar essa superioridade em golo. O encontro terminou sem golos, mas a seleção espanhola terminou o desafio com uma percentagem de posse de bola superior a 70 por cento e com 12 remates efetuados, cinco deles na direção da baliza. De resto, a incapacidade de marcar num Torneio Olímpico não era algo de novo para “Nuestros Hermanos”. Ao ficar “em branco” diante do Egito, a Espanha prolongou uma “seca” que durava já nada mais nada menos que 21 anos.
A segunda jornada ditou um duelo com a congénere da Austrália e a realidade é que o encontro foi em tudo idêntico ao da ronda inaugural. Domínio espanhol, percentagem de posse de bola superior a 70 por cento, mais remates à baliza contrária e, finalmente, 515 minutos depois, um golo. Mikel Oyarzabal, à passagem do minuto 80, encarregou-se de “quebrar o enguiço”, deu uma merecida vitória à seleção espanhola e deixou-a a apenas um ponto do acesso à próxima fase, objetivo que ambiciona carimbar neste duelo com a Argentina.
Onze provável: Unai Simón, Cucurella, Torres, Garcia, Gil, Zubimendi, Soler, Pedri, Olmo, Oyarzabal, Puado
Análise Argentina
Favorita a seguir em frente a partir deste Grupo C, a seleção argentina chega a esta última jornada a precisar de “fazer pela vida” se quiser estar na fase a eliminar do Torneio Olímpico de Futebol, muito por culpa do inesperado desaire na jornada inaugural. Os eleitos de Fernando Batista estrearam-se no Torneio Olímpico de Futebol com uma derrota às mãos da Austrália por duas bolas a zero. Depois de terem visto a seleção da Oceânia passar para a frente ao minuto 14, os argentinos ficaram reduzidos a dez unidades ainda na primeira parte, isto depois de Francisco Ortega ter sido admoestado com o segundo cartão amarelo. Em inferioridade numérica, a “Albiceleste” nunca conseguiu encontrar os caminhos para as redes adversárias e acabaria mesmo derrotado por dois tentos sem resposta, com o segundo golo a surgir ao minuto 80 por intermédio de Marco Tilio. Empenhada em fazer melhor na segunda jornada da competição, a equipa argentina conseguiu cumprir com esse objetivo, isto num encontro que valeu mais pelo resultado (vitória por uma bola a zero) que pela exibição. Facundo Medina marcou o golo que sentenciou o encontro naquele que foi, de resto, o único remate da equipa sul-americana enquadrada com a baliza adversária.
Chegou a hora de medir forças com a principal força deste grupo e a realidade é que o nível exibicional apresentado nos dois encontros já disputados não será suficiente para que esta Argentina alcance algo de positivo ante a Espanha.
Onze provável: Ledesma, Bravo, Medina, Perez, De La Fuente, Vera, Payero, Barco, Allister, De la Vega, Gaich
Dica de Prognóstico
Atendendo ao que as duas seleções têm vindo a exibir até aqui, a Espanha tem que ser apontada como clara favorita à conquista dos triunfos. Os espanhóis conseguiram finalmente chegar ao golo após muito tempo sem marcar em Torneios Olímpicos, estão confiantes e, à semelhança do que fizeram nos dois encontros anteriores, procurarão impor-se pela posse nesta partida.