Eslovénia – França (Eurobasket)

Chegados aos quartos-de-final do Eurobasket, temos perfeita consciência do equilíbrio entre todas as equipas em prova, bem demonstrado pelos resultados alcançados na segunda fase da prova. Para o primeiro dia desta eliminatória, apontados o Eslovénia – França como o encontro onde se promete mais equilíbrio, com a equipa da casa , que terminou em segundo lugar no Grupo F, a defrontar a França, que foi terceiro no Grupo E.

A Eslovénia tem na dupla dos irmão Dragic os seus grandes motores ofensivos, com Goran a liderar todos os momentos do jogo, conduzindo as jogadas e finalizando muitas delas, enquanto Zoran demonstra ser mais um atleta com disponibilidade física para lutar, alimentando também com pontos a sua seleção. Por outro lado, a experiência de Bostjan Nachbar tem sido fundamental, com o jogo interior de Vidmar e Begic a significar uma dimensão física bastante poderosa para o seu conjunto. A sair do banco, muito importantes os contributos de Lakovic, Blazic e Muric, numa equipa que utiliza, regularmente, cerca de onze jogadores por partida. A equipa da Eslovénia conta ainda com o apoio do público da casa, o que dá alguma dimensão às suas capacidades e potencia o conjunto das camisolas verdes nos momentos mais decisivos do jogo.

A França chega a esta fase e agora é tempo de ver Tony Parker e Nicolas Batum afirmarem-se para lá do seu nível habitual. Serão necessárias exibições memoráveis para poder levar a seleção gaulesa a ultrapassar esta poderosa Eslovénia. Com Alexis Ajinca a cotar-se como um jogador interior de qualidade, é bom notar que terá muitas dificuldades perante os aguerridos postes eslovenos, que não lhe darão um milímetro para explorar as suas jogadas. Por outro lado, Boris Diaw terá que estar irrepreensível na defesa, com Lauvergne e De Colo a serem as peças que lançam intensidade a partir do banco.

A França tem mais jogadores que podem decidir a partida, mas a Eslovénia tem mais conjunto e poderá, com isso, assegurar a presença nas meias-finais da prova.

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Na outra partida, a luta e o dramatismo deverão ser as notas dominantes. Sérvia e Espanha encontram-se, mas chegadas de caminhos algo inesperados. A Sérvia conquistou o seu grupo, demonstrando que uma equipa por quem muita gente pouco daria no início do Eurobasket, se foi fazendo forte e madura durante a competição, ultrapassando grupos complicados, vencendo partidas onde não tinham favoritismo e aspirando, agora, à decisão do título.

Já para os espanhóis, um Eurobasket que se previa difícil, dadas as ausências de figuras centrais, tornou-se ainda mais complicado, com o treinador a levantar algumas dúvidas sobre a melhor gestão a fazer do seu plantel. Marc Gasol parece algo desgastado com a sua presença na competição, e não há, na equipa, opções capazes de lhe darem descanso. Calderón, Rubio e Fernandez têm responsabilidades multiplicadas, precisando os espanhóis de marcar a diferença no jogo exterior, escapando assim ao domínio que Krstic e Stimac deverão tentar impor debaixo da tabela.

Por muito que se espera que a Espanha vá conseguir subjugar os sérvios, é bom ter em conta que a equipa oriunda da antiga Jugoslávia está, neste momento, com toda a confiança do seu lado.

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