Ernests Gulbis – Lukas Rosol (Wimbledon)
Se lhes dessem a escolher, nenhum dos dois escolheria o outro para primeiro obstáculo a ultrapassar em Wimbledon. Vindo de lesão, Gulbis está a ter um annus horribilis. É verdade que em 2015 ainda não jogou mais de duas partidas no quadro principal de um torneio ATP mas convém lembrar que ainda há um ano o letão era jogador do top-10. Para além disso, nunca foi além da terceira ronda na relva do Major britânico. Mas se olharmos para o lado, o registo de Rosol não tem sido muito melhor. E o checo não tem a desculpa dos problemas físicos. É favor prestar atenção aos mind games durante o desafio. Ernests é conhecido pelo mau feitio e Lukas pelo carácter duvidoso. Será que o letão se deixa perturbar?
Ernests Gulbis leva um registo de quatro vitórias e catorze derrotas nesta temporada, o que é desastroso para alguém com a sua capacidade tenística. Ainda não jogou mais de duas partidas no quadro principal de um torneio ATP, mais uma evidência das suas dificuldades. O pretexto inicial para esta baixa de prestação foi o regresso após lesão. Mas como todos sabemos – e assistimos inclusive em grandes campeões como Rafa Nadal – a confiança é uma componente essencial no ténis. Mesmo depois da recuperação física estar terminada é preciso que mental e animicamente os atletas se sintam de volta ao que eram. O letão está a passar por esse luta pessoal. Mas essa dificuldade que atravessa não lhe retira a qualidade e capacidades que fazem dele um dos tenistas mais capazes da sua geração. Gulbis foi companheiro de formação do número um mundial e é um ano mais novo que o sérvio. Se começar a ganhar momento com vitórias significativas pode tornar-se um adversário perigoso. Mas convenhamos, tem que superar algumas barreiras importantes.
Há duas semanas Ernests Gulbis fez a sua estreia em relva, no ATP de Halle. Depois de bater o ucraniano Sergiy Stakhovsky em sets diretos (6-4, 7-6) foi presa fácil para Federer (6-3, 7-5) vingar a eliminação de Roland Garros do ano passado. Há ainda a constatação de que só fez dois encontros este ano que exigiram mais de três sets. E não correram bem. No Open da Austrália foi afastado na primeira ronda pelo adolescente Thanasi Kokkinakis (5-7, 6-0, 1-6, 7-6, 8-6). Em Roland Garros perdeu com Nicolas Mahut em quatro sets (6-3, 3-6, 7-5, 6-3). Uma partida que se prolongue pode criar dúvidas na mente do letão e acelerar a sua queda.
À semelhança do seu adversário desta terça-feira, Lukas Rosol também nunca foi além da terceira ronda no All England Tennis Club. Em 2015 o checo só por quatro ocasiões foi além do segundo jogo no quadro principal de um mesmo torneio. Em Indian Wells foi travado nos oitavos pelo compatriota Tomas Berdych (6-2, 4-6, 6-4), em Munique caiu às mãos de Andy Murray, nos quartos de final (4-6, 6-3, 6-2), em Genebra esbarrou em Stan Wawrinka (6-4, 3-6, 6-3) e em Roland Garros foi afastado na terceira ronda, por Teimuraz Gabashvili (6-4, 6-4, 6-4).
Rosol disputou quatro encontros em relva e só saiu por cima em um, frente a Kevin Anderson (6-4, 1-6, 10-6).
Letão e checo só se cruzaram duas vezes em provas do circuito profissional, com um vitória para cada lado, o último dos quais foi já há quatro anos.
2011 | São Petersburgo | Rosol | 2 | 6 | 6 | 1R | ||||
Gulbis | 0 | 3 | 4 | |||||||
2007 | Challenger de Sarajevo | Gulbis | 2 | 7 | 6 | 1R | ||||
Rosol | 0 | 6 | 3 |
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