Ponte Preta

A Associação Atlética Ponte Preta nasceu em 1900 pela mão de alunos do Colégio de Campinas que jogavam futebol no Bairro da Ponte Preta, que assim foi chamado devido à existência naquele lugar de uma ponte lacada de preto que se distinguia da restante paisagem. Desde o inicio que o clube abriu as suas portas a jogadores de todas as cores e raças, o que era uma raridade no panorama futebolístico brasileiro.

Depois de mais de uma década a disputar partidas internas e amigáveis, o Ponte Preta esteve em 1912 entre as equipas fundadoras da Liga Campineira de Futebol que venceu logo nesse ano de estreia da prova. No entanto os adeptos do clube teriam ainda que esperar pela década de 20 para celebrar uma nova conquista, tendo esta acontecido no Campeonato Paulista do Interior de 1927. No inicio da década de 30 o Ponte Preta soma mais uma conquista do campeonato de Campinas, em 1931, que se viria a repetir por 3 vezes de forma consecutiva entre 1935 e 1937, depois de no ano do primeiro campeonato desta série as direcções de vários clubes de campinas se terem reunido com o intuito de unificar o futebol campinense em apenas um campeonato filiado à Federação Paulista de Futebol.

Na década de 40 o Ponte Preta entrou com o mesmo ímpeto dos ano anteriores, sagrando-se logo em 1940 campeão campinense de forma invicta. Em 1944 deu-se o inicio da construção do actual estádio da equipa, o Estádio Moisés Lucarelli. Este acontecimento ficou marcado por mais uma conquista da prova citadina de Campinas, que se voltaria a repetir em 1947, depois de em 1946 o Ponte Preta realizar a sua primeira partida contra uma equipa estrangeira, o Libertad do Paraguai, tendo a partida terminado empatada a uma bola. Quatro anos depois do inicio da construção do estádio, em 1948 foi finalmente erguido aquele que era à altura o 3º maior reduto brasileiro, tendo o Ponte Preta perdido na inauguração do novo campo por 3-0 diante do XI de Piracicaba. Ainda assim, esta derrota não impediu o clube de festejar mais um título citadino no ano de inauguração do estádio.

Os anos cinquenta não poderiam ter começado melhor, com o Ponte a sagrar-se vencedor do Campeonato Paulista do Interior em 1951, logo de forma invicta. Este ano foi mesmo dos mais dourados da história do clube, que para além do campeonato estatal, venceu também a Liga Campinense de Futebol. Logo no ano seguinte o clube tornou-se no primeiro do interior do estado de São Paulo a contratar jogadores estrangeiros, procurando com isto dinamizar o seu futebol de forma a impor-se como um grande do estado. No entanto este objectivo foi redondamente falhado, com a equipa a atravessar uma crise de títulos durante os 18 anos que se seguiram.

O jejum de trofeus terminou então em 1969, já na Série A2 do Campeonato Paulista, o que lhes valeu então o regresso à elite do futebol estatal. Logo no ano seguinte, em 1970, o Ponte Preta mostrou-se forte na principal divisão de São Paulo tendo terminado o campeonato na 2ª posição, o que lhes valeu a promoção para o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, sendo então a primeira equipa do interior Paulista a disputar uma prova de carácter nacional. Ainda nesta década o Ponte Preta iria por mais duas vezes classificar-se na 2ª posição do campeonato estatal, em 1977 e 1978, tendo mesmo no primeiro ano ficado apenas a 1 golo de se sagrar campeão. Logo a começar a década de 80, em 1981 o cenário repetiu-se, com o clube a classificar-se mais uma vez na segunda divisão estatal depois de ser derrotado pelo São Paulo por 2-o. Também a nível nacional este foi um bom ano para o clube, que atingiu as semi-finais da prova, quando esta era ainda disputada na forma de taça, sendo eliminado pelo posterior campeão, Grêmio de Porto Alegre.

Depois destas duas grandes décadas o Ponte Preta começava a perder os jogadores que haviam levado a equipa à glória, e depois da temporada de 1981 atravessam cinco épocas com resultados irrelevantes, o que acabaria por colmatar numa descida de divisão em 1987 para a Série A2 do Campeonato Paulista, onde a direcção se recusou a participar. No entanto em 1990 era alcançado o regresso à elite paulista, o que lhes valeu também a qualificação para a Série C nacional daquele ano, disputando já em 1991 a Série B.

Em 1995 o clube é novamente despromovido do Campeonato Paulista, o que ainda assim não invalidou as suas prestações nas provas nacionais, alcançou a promoção à Série A do Brasileirão em 1997 depois de se classificarem na segunda posição do Série B. No ano 2000 foi festejado o centenário da equipa, já estando presentes no principal campeonato estatal depois de em 1999 alcançarem a promoção por se classificarem na 2ª posição da Série A2 Paulista. No ano seguinte ao do centenário o Ponte Preta voltou a exibir-se a bom nível, desta vez na Copa Brasil, onde foram 3º classificados depois de serem eliminados na semi-final pelo Corinthians. Depois disto seguiram-se cinco épocas de pouca relevância que terminariam com uma descida do clube campinense para a Série B nacional em 2006. Com isto, o foco da equipa virou-se para o campeonato estatal onde voltaram a ser segundos classificados em 2008, o que lhes concedeu apenas acesso à disputa do Campeonato Paulista do Interior, onde se sagraram campeões na temporada de 2009, de forma invicta.

Já na década de 2010 o Ponte Preta regressou à Série A nacional, onde se manteve até à mais recente temporada de 2013, época em que se estrearam na Copa Sul-Americana, depois de vencerem mais um Campeonato Paulista do Interior. A estreia na prova continental não podia ter corrido da melhor forma ao clube, que alcançou logo a final da competição, onde acabou por ser derrotado pelo Lanús com um agregado de 3-1. Ja depois deste feito, o clube viu-se novamente relegado da Série A nacional, disputando em 2014 a Série B do Brasileirão.