24 horas depois de a AS Roma ter dado um inesperado “recital” na receção ao Barcelona que culminou com a eliminação da formação “culé” de forma chocante, houve outra equipa italiana que esteve perto de surpreender a Europa do futebol. A Juventus rubricou uma grande exibição em pleno Bernabéu e não merecia ter sido castigado “ao soar do gongo”.
A personalidade apresentada pela Juventus em pleno Santiago Bernabéu permitiu à “Vecchia Signora” adiantar-se desde cedo, cortesia de um golo de Mario Mandzukic. Depois de uma derrota por três golos sem resposta em Turim que hipotecava seriamente o acesso à próxima fase, a hexacampeã italiana conseguiu fazer algo que o Real tinha conseguido em Itália: marcar cedo. O tento inaugural não reabria a eliminatória, muito menos frente a uma equipa do Real Madrid que, na conclusão de um rápido contra golpe, poderia muito bem empatar o encontro. Os “merengues” cresceram no jogo, começaram a acercar-se da baliza à guarda de Buffon e Gareth Bale até dispôs de uma ocasião soberana que, no entanto, não foi capaz de materializar em golo. O segundo golo juventino, capaz de arrepiar o Bernabéu, surgiu ainda antes do intervalo e novamente por Mario Mandzukic. A partir aí sim, a eliminatória estava novamente em aberto.
Destemida, a “Vecchia Signora” provava que não há impossíveis, ameaçando a reviravolta e fazendo tremer nada mais nada menos que o atual bicampeão da Europa. À passagem da hora de jogo, o choque: Blaise Matuidi aproveitou um erro de Keylor Navas para fazer o 0-3. Contra todas as probabilidades, a eliminatória estava empatada a três golos e a possibilidade de prolongamento era cada vez mais forte. Para evitar esse cenário, o Real Madrid tinha meia hora para chegar ao golo e, ainda que longe do seu melhor nível, a formação da capital espanhol apresentava mais que capacidade para consegui-lo. O encontro estava a assumir contornos épicos e, como não poderia deixar de ser, viria a ter um final na mesma linha: já em tempo de compensação, o árbitro inglês Michael Oliver teve a coragem de assinalar uma grande penalidade a favor do Real após uma alegada infração de Mehdi Benatia. “Gigi” Buffon, guarda-redes que tinha aqui a última oportunidade de ter sucesso na Liga dos Campeões, acabou expulso protestos e Szcseny assumiu a defesa das redes. Cristiano Ronaldo foi chamado a bater e o resto é história: a muito custo e com muito mais dificuldades do que aquilo que se previa, o Real Madrid apurou-se para as meias-finais da Liga dos Campeões.
A zeros
No outro encontro do dia relativo aos quartos-de-final, o improvável também aconteceu: Bayern de Munique e Sevilha, duas equipas de propensão ofensiva, empataram sem golos, apesar das ocasiões de golo criadas por ambas as equipas. A vitória por duas bolas a uma, em Sevilha, permitiu à equipa “bávara” seguir em frente, juntando-se a AS Roma, Real Madrid e Liverpool.
O sorteio das meias-finais da Liga dos Campeões está marcado para esta sexta-feira, 13 de abril.
Boas Apostas!