Os primeiros dois jogos da 1ª mão dos oitavos de final estão fechados e com algumas surpresas, com o Benfica a levar a melhor sobre o Borussia Dortmund pela margem mínima, muito graças a Ederson, que fez uma exibição monstruosa, negando várias vezes o golo aos alemães ao erguer uma muralha na baliza encarnada. No outro jogo, o Barcelona acabou goleado em Paris, com o PSG a vencer por 4-0 com dois golos de Dí Maria, que esteve endiabrado na noite do seu aniversário.
Mitroglou construiu, Ederson protegeu
Num jogo frente a um adversário complicadíssimo, já que se trata de uma dos gigantes da Europa, o Benfica conseguiu arrancar uma vitória por 1-0 com golo de Mitroglou, mas teve vários calafrios durante toda a partida, valendo-lhe exibição fenomenal de Ederson em negar o golo aos alemães, e alguma falta de pontaria de Aubameyang. As duas equipas entraram atrevidas, com o Benfica a ser o primeiro a rematar, por intermédio de Salvio que recebeu um passe de Pizzi para um rápido contra-ataque, mas acabou por atirar por cima. Aos 10 minutos de jogo foi o início daquela que viria a ser uma noite a esquecer para Aubameyang, ao falhar a baliza encarnada depois de estar isolado dentro de área, atirando por cima.
Foi uma primeira parte onde o Benfica não teve praticamente bola, isto tudo graças a uma boa análise do alemão Thomas Tuchel. O treinador alemão começou o encontro numa espécie de 3-4-3 esticado a toda a largura do terreno, tirando o Benfica do jogo. Tuchel percebeu que o jogo dos encarnados se baseava muito nas duas peças do meio-campo, Fejsa e Pizzi, e foi aí mesmo que o alemão esteve bem ao sobrecarregar o centro do terreno, com os dois médios a não conseguirem acompanhar o carrossel alemão. Com Weigl mais posicional e Durm e Schmelzer a darem largura ao jogo, e Guerreiro encarregue da construção ofensiva, o Benfica inferiorizado no meio-campo começou a ceder no sector defensivo.
Ciente do que estava a acontecer, com a chegada do intervalo Rui Vitória mexeu no meio-campo, sacrificando Carrilo e lançando Felipe Augusto para se juntar a Pizzi e Fejsa de modo a tentar suster o Dortmund no meio-campo. No primeiro lance de perigo da segunda parte, e no único remate do Benfica à baliza alemã, os Encarnados mostraram uma eficácia de 100%, com Pizzi a bater o canto aos 48 minutos, Luisão cabeceia e Mitroglou coloca a bola dentro da baliza, fazendo o 13º golo nos últimos 13 jogos de todas as competições. Com o golo o Dortmund procurou reagir e chegar à igualdade, mas encontrou um verdadeiro monstro pela frente, Ederson. Os alemães disparavam incansavelmente mas o brasileiro mostrou-se à prova de bala em todas as situações, com duas boas defesas as 55 e 56 minutos, e ainda demonstrou frieza, além de puro talento, ao defender uma grande penalidade de Aubameyabg aos 58 minutos, depois de mão de Fejsa.
O verdadeiro momento da noite foi aos 84 minutos, o Dortmund bate um canto, a linha defensiva benfiquista tira a bola da área, e Pullisic remata de primeira de fora de área, com a boa a ser desviada em Raúl e com Ederson a fazer a defesa da noite com uma magnífica defesa. O jogo chegou então ao fim e o Benfica levou a melhor. Para a 2ª mão, a equipa alemã está então obrigada a correr atrás do prejuízo e anular a desvantagem, o que pode acabar por ser favorável para os Encarnados, que em contra-ataque poderão aumentar a vantagem. Mas para agora, a cabeça está nos jogos do campeonato, e só depois na Liga dos Campeões, a discutir a 2ª mão dia 8 de Março.
Di María endiabrado bisa em chapa quatro do Barcelona
A noite do Barcelona também foi tudo menos boa, já que foram viver um autêntico pesadelo à capital francesa, acabando derrotados por 4-0 no Parc des Princes e dificultando bastante o acesso aos quartos de final da Liga dos Campeões. O PSG dominou por completo o Barcelona durante toda a partida, que apesar de ter tido maior posse de bola durante a partida, pouquíssimas foram as oportunidades que conseguiram criar, com os Parisienses a mostrarem muito mais atrevidos e pragmáticos na parte da finalização. A primeira situação de verdadeiro perigo foi aos 10 minutos, com Matuidi a obrigar ter Stegen a intervir, com Rabiot a atirar à figura na recarga. Di María, que era o aniversariante, deu a primeira prenda aos adeptos parisienses aos 17 minutos, com remate em jeito brilhante de livre-directo, deixando Stegen pregado ao relvado.
A resposta do Barcelona chegou aos 26 minutos, a única vez que acertaram na baliza francesa no primeiro tempo, com André Gomes a falhar na cara de Trapp. Antes do intervalo o PSG voltou a fazer das suas. Perda de bola de Messi no meio-campo, que estava a ser pressionado por Rabiot e Verratti, com o médio italiano a conduzir a bola até à entrada da área e a assistir Draxler, que fez o segundo da partida com um remate colocado. O intervalo chegou mas Luis Enrique não conseguiu fazer a sua equipa voltar melhor na segunda parte. Prova disso foi logo aos 55 minutos, com o Di María a voltar a fazer das suas e num lance individual fora de área, faz simulação de corpo e engana dois jogadores do Barcelona, puxa para o pé esquerdo e faz o terceiro golo da partida com um golo fantástico.
O Barcelona não dava sinais de vida e o PSG continuava sempre à procura de mais, até que o encontrou. Estavam decorridos 72 minutos de jogo e Meunier descobre Cavani a fugir à marcação, assistindo o avançado uruguaio que fuzilou a baliza espanhola com forte remate de primeira. O Barcelona ainda esteve perto de reduzir, com Umtiti a cabecear ao poste, no único remate à baliza da segunda parte. O PSG goleou então por 4-0 e vai para Camp Nou com uma margem bastante confortável. Contudo, nenhum resultado é demasiado confortável contra um Barcelona a actuar em casa e os franceses não se podem deixar adormecer à sombra deste resultado.
Boas Apostas!