José Mourinho enfrenta Antonio Conte na final da Taça de Inglaterra, dentro de quatro semanas. Mesmo tendo marcado primeiro, ainda não foi desta que o Tottenham se apontou a conquistar a taça. Alexis Sánchez e Herrera deram a volta ao resultado. A outra meia-final foi de sentido único. Os Saints aguentaram enquanto puderam mas Giroud arrombou as trancas à porta e Morata escancarou-a. Repete-se a final de 2007, dessa feita ganha pelo treinador português, que agora está do outro lado.

Frustração dos Spurs

Os Spurs entraram cheios de energia, obrigando o Man United a recuar para os conter. O golo de Dele Alli, aos onze minutos, com centro de Christian Eriksen, traduziu no marcador o ascendente evidente da equipa de Pochettino. Por esta altura, era mais uma questão de quando chegaria o segundo dos Spurs do que a possibilidade do United entrar no jogo. Mas a meio da primeira parte, as duas dispendiosas contratações dos Red Devils resolveram chegar-se à frente. Moussa Dembélé ficou demasiado à vontade no frente a frente com o compatriota Paul Pogba e perdeu a bola. O médio lançou Alexis Sánchez que não perdoou.

Ainda não foi desta que o Tottenham de Mauricio Pochettino se aponta a ganhar um troféu. O treinador argentino rematou o encontro dizendo que esta equipa ainda precisará de mais umas quantas temporadas para adquirir a mentalidade de campeão, ou seja, aquela que aparece nos momentos decisivos. Para alguns destes jogadores este morrer na praia é claramente castigador. Estão frustrados por estar tão perto e deixar o momento escapar. O desaire frente aos Cityzens já tinha sido doloroso e este falhanço, não há outra palavra, na Taça de Inglaterra, é só mais uma acha para a fogueira.

Estrelas assumem

Herrera marcou o golo da vitória mas foram estes dois que deram a volta ao jogo.

Herrera marcou o golo da vitória mas foram estes dois que deram a volta ao jogo.

Alexis Sánchez e Paul Pogba andaram bem vinte minutos desaparecidos do encontro. A bola nem chegava ao chileno e o francês fazia fraca figura, leia-se lenta e desinspirada, nas tarefas defensivas a que estava obrigado. De um momento para o outro, tudo mudou, e os dois orquestraram o golo da igualdade. Quando as exibições são pálidas sempre começa a discussão do dinheiro investido no plantel, que não apresenta resultados. Quando eles inventam lances como o do primeiro golo parece logo que foi dinheiro bem gasto.

Depois de uma primeira parte frenética, o segundo tempo arrancou bem mais pausado. O Manchester United baixava o ritmo de jogo, cortando o embalo de que o Tottenham se alimenta, e esperava a oportunidade para dar o bote. Aconteceu aos sessenta e dois minutos, quando Ander Herrera encostou ao segundo poste.

Conte ainda pode sair por cima

Conte apostou no avançado francês de início e ele mostrou mais uma vez saber como romper as defesas dos Saints.

Conte apostou no francês de início e ele provou que sabe como romper as defesas dos Saints.

Conte apostou no avançado francês de início e ele mostrou mais uma vez saber como romper as defesas dos Saints.A segunda meia-final foi de sentido único. Ao contrário do que chegou a equacionar, Antonio Conte não alinhou com dois avançados. Optou e bem por Olivier Giroud, já que o francês tinha mostrado ainda há dias que tinhas as características para romper o sistema defensivo do Southampton (2-0). Ainda assim, os Saints aguentaram enquanto puderam, nomeadamente, o primeiro minuto da segunda parte. Álvaro Morata, que rendeu o francês aos oitenta, reforçou a vantagem dois minutos mais tarde.

Agora os Blues enfrentarão o Manchester United na final, a 19 de maio, uma reedição da final de 2007 – que José Mourinho venceu por 1-0 – só que desta feita o treinador português está a comandar o outro lado. Para Antonio Conte este pode ser o desenlace ideal, à laia de despedida. Acho que já ninguém duvida que o italiano sai no final da época.

Boas Apostas!