A primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa 2017/18 propunha desafios com graus de exigência distintos a Sporting e Porto, equipas portuguesas ainda em prova, e o desfecho dos duelos foi antagónico: o Sporting venceu em Astana por três bolas a uma e praticamente carimbou o passaporte para a fase seguinte, enquanto o o Braga perdeu no Velódrome com o Marselha por três bolas a zero e tem o futuro na prova praticamente hipotecado.

Foto: "Robert Ghement/EPA"

Foto: “Robert Ghement/EPA”

Na visita ao distante Cazaquistão, o Sporting deu 45 minutos de avanço. Durante a primeira parte, a equipa leonina deixou uma pálida imagem, não foi capaz de impor o seu futebol, saiu para o intervalo a perder por uma bola a zero graças a um golo de Marin Tomasov logo aos sete minutos e, se tivesse consentido mais que um golo, não seria surpreendente atendendo ao rumo dos acontecimentos no sintético da Astana Arena e sobretudo ao facilitismo em termos defensivos. A equipa portuguesa entrou rejuvenescida na segunda parte e rapidamente empatou o encontro: o árbitro francês Ruddy Buquet assinalou uma grande penalidade e Bruno Fernandes encarregou-se de a converter com sucesso. Abalada por ter sofrido o empate imediatamente após o descanso, a equipa do Astana viria a consentir a reviravolta. No interior da área, Gelson Martins atirou para o fundo da rede Nenad Eric. Seydou Doumbia aumentaria a vantagem para 1-3 volvidos cinco minutos e sentenciaria o desafio. Reduzido a dez unidades por expulsão de Yuriy Logvinenko e sujeito a uma quebra física que se entende como natural atendendo ao facto de o Astana não jogar oficialmente desde 17 de dezembro, o Sporting praticamente assegurou o acesso à próxima fase da Liga Europa.

A queda no Velódrome

O Braga não foi capaz de alcançar um resultado positivo na deslocação ao Velódrome, casa de um dos melhores “Marselhas” dos últimos anos. Os resultados falam por si só: a equipa treinada por Rudi Garcia atravessa um ótimo momento de forma e luta pelo regresso à Liga dos Campeões na próxima temporada.

“Outsider” à entrada para esta eliminatória ainda que galvanizado pela inspiração napoleónica de Abel Ferreira, o Braga não conseguiu impor o seu futebol no Velódrome e raramente incomodou o adversário, superior em todos os capítulos de jogo. Os franceses entraram praticamente a ganhar no desafio graças a um golo de Valère Germain logo aos quatro minutos. O Braga conseguiu suster o maior ascendente da equipa francesa. Payet atirou à barra na conversão de um livre direto, Matheus foi obrigado a uma grande defesa mas os bracarenses não seriam capazes de conservar a diferença miníma e encaixariam mais dois tentes: um de Valère Germain, o seu da conta pessoal, e outro de Florian Thauvin, lançado por Rudi Garcia na segunda parte.

Manuel Fernandes decisivo

Contrariando a tendência negativa que assolou a maioria das equipas do Leste europeu, pouco ritmadas em função da habitual pausa de inverno nos respetivos campeonatos, o Lokomotiv de Moscovo foi vencer a casa do Nice por três bolas a duas com um “hat-trick” de Manuel Fernandes.

O atual líder do campeonato russo esteve a perder por duas bolas a zero, reduziu ainda na primeira parte graças a um golo de Manuel Fernandes na conversão de uma grande penalidade e viria a dar a volta ao marcador numa altura em que o Nice já se encontrava reduzido a dez unidades. O Loko deu um passo em frente na competição e Manuel Fernandes justifica cada vez mais a chamada aos trabalhos da seleção nacional.

Boas apostas!