Polacos e senegaleses foram os últimos a cair na fase de grupos do Campeonato do Mundo da Rússia. A Polónia já estava eliminada à entrada para a última jornada mas ainda deixou o Japão à beira de um ataque de nervos. Serve para provar que uma boa campanha de qualificação não significa nada. O Senegal perdeu com os colombianos e terminou em pontos e golos com os nipónicos. Mas cai vítima do fair play: viu mais dois cartões amarelos. Mané e companhia estão de volta a casa.
Polónia dececiona
A Polónia já estava eliminada à entrada para a última jornada da fase de grupos. Foi uma campanha verdadeiramente dececionante para a seleção de Lewandowski, a contrastar de forma gritante com uma qualificação para o Mundial. O conjunto orientado por Adam Navalka esteve desinspirado, foi previsível e unidimensional. Ainda assim, esperava-se que, à semelhança do que fez Marrocos à Espanha, os polacos tentassem sair limpando a imagem. É certo que o Japão não pagou para o susto mas em nenhum momento a seleção polaca fez essa demonstração de capacidade e caracter. O golo de Jan Bednarek, aos cinquenta e nove minutos, valeu os três únicos pontos conquistados na Rússia. Foi o suficiente para perturbar a formação japonesa, que sofreu até ao apito final, e ajudar a entalar o Senegal. Não mais do que isso.
O selecionador Navalka não tentou esconder o sol com a peneira: a Polónia tinha obrigação de mostrar mais e aguardamos para saber que consequências poderão advir desta saída sem glória. A equipa precisa de sangue novo e talvez esteja na altura de mudar o comando técnico, já que se trata de uma fase de renovação.
Senegal foi infeliz
O Senegal foi infeliz. Quem viu James Rodriguez sair direto para o balneário achou que os Cafeteros estavam em maus lençóis. Durante um bom período a equipa andou desligada, sem inspiração, e os africanos iam controlando o meio-campo. Com o Japão a perder no outro jogo, a vantagem era do Senegal. Mas o golo de Yerry Mina, a quinze minutos dos noventa, veio virar tudo de pernas para o ar. É verdade que com esse resultado, senegaleses e nipónicos ficavam empatados. Ambos com quatro pontos; ambos com quatro golos marcados e outros tantos sofridos; uma igualdade a dois nos confrontos diretos. Se terminasse assim, o critério de desempate seria o fair play, ou seja, o somatório de cartões que cada equipa tinha visto. E nesse capítulo disciplinar, o Senegal estava em desvantagem.
Amarelos ditam afastamento
Houve esforços redobrados nesse período final mas sem alteração no marcador. O amarelo visto por M’Baye Niang, em cima do intervalo, ainda veio acentuar o problema. No lavar dos cestos, o Japão passa aos oitavos de final, onde enfrentará a Bélgica, e o Senegal vai de férias antecipadas. Dois amarelos de diferença ditam as respetivas sortes.
Última menção, merecida, para o selecionador Aliou Cissé, o mais jovem deste Mundial, que soube apresentar uma equipa equilibrada e capaz de lutar até ao fim, literalmente, num grupo onde outros, com muito mais responsabilidades caíram cedo.
Boas Apostas!